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Não tonho confiança, dentro deste regime burguês, em nenhum Governo que ali se sento.

Nem posso, portanto, votar moção alguma de confiança, por consequência.

Não defendo o Governo nem o condeno.

Quero fazer obra justa dentro da minha consciência.

A obra do Sr. Cunha Leal ó obra que não pode fazer um homem que, além de inteligência, que não ó uma virtude, porque é um dom da natureza, não possua vigorosas qualidades do trabalho.

Ê^ fácil demolir; mais difícil é reconstruir.

Para demolir basta o camartelo, como se evidenciou na discussão dos contratos do carvão o do trigo, mas S. Ex.a estudou e terá ocasião de emendar os erros que condenou.

S. Ex.a fez essa obra estudando com inteligência.

Não estou a elogiar homens. Estou simplesmente considerando o modo como às vezes se tratam questões que são importantes, e que é preciso recordar ao Parlamento quanta ponderação lhe ó necessária nas suas resoluções.

É certo que o Sr. Cunha Leal tem feito uma oposição violentíssima.

Oh ! Sr. Presidente! Mas ó preciso verse uma cousa: <í p='p' quem='quem' parte='parte' do='do' popular='popular' partido='partido' faz='faz'>

O Dr. Júlio Martins a quem j á. tenho aqui prestado justa homenagem.

Orador fogoso, homem de valor, mas novo.

O mesmo direi do ilustre jovem Cunha Leal.

São rapazos. Outros ali há de muito valor. Não podem ter o conhecimento preciso para ponderar o conter os seus ímpetos. Eiufim, têm inteligência e temperamento ardente.

Não havemos de ser injustos para com o Partido Popular, que tem mostrado calor e impetuosidade nas discussões.

O Sr. Afonso de Macedo: — É uma lição dada pela mocidade aos velhos.

O Orador: — Aqui ontem com o meu colega Dias da Silva passou-se uma sce-na que me pareceu pouco edificante, ' dando origem íi interrupção dos trabalhos e...

DiArio da Câmara dos Deputado»

O Sr. Presidente: — Pedia ao orador para não recordar ôsses factos. . .

O Orador: — Não estou recordando par^a agredir.

É para dizer que esto meu amigo também tem intuição própria.

Não terá todos os predicados, mas é também um novo e um bem intencionado.

Também muitas vezes me tem dito cousas desagradáveis e eu perdoo tudo à sua mocidadp. Podia ser meu neto.

Também no tempo da monarquia aqui se passaram casos idênticos e piores.

Em ocasião em que eu não estava em Portugal deram-so aqui factos extraordinários.

Também em Londres assisti a cousas terríveis cm pleno Parlamento.

Era Lord Chamberlain acusado do cousas horríveis, mas em volta de princípios e ideas. Insinuações pessoais, não!

±j preciso compreender-se que só deve banir dentre nós o personalismo. (Apoia* dos].

Jii preciso acalmar um pouco as paixOes pessoais. (Apoiados).

Ou então a República vai abaixo.

CõmO os ânimos estão, há o dilema: ou salvamos a República, ou passamos a sor uma província espanhola. (Não apoiados e apoiados).

O Sr. Velhinho Correia:—É bom V. Ex.as

ouvirem isto, E assim mesmo.

O Orador: — Vamos ver qual o caminho que devemos seguir.

A República tem os seus interesses presos a este Parlamento.

Apresentou-se aqui uma «noção relativamente ao Governo.

Em primeiro lugar já o Sr. Dr. José Barbosa aqui frisou quanto mau exemplo há neste facto único.

Foi no meio duma questão política do apreciação da confiança que oferece o Governo, introduzida uma questão de dinheiro, suspendendo-so a discussão política para resolver o projecto de circulação fiduciária.

'Trata-se duma questão do fundos.