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Sessão de 24 e 25 de Novembro de Í920

sido urna rasteira, uma catilinária pessoal, imprópria desta casa e daiíupública. Acusação i m provada essa, Sr. Presidente, como vou demonstrar por um rápido resumo do meu discurso, quo de resto furei publicar à minha custa, para que o País saiba que ôle nào me desonra a ndni nem à República,

Na primeira parte do meu discurso analisei a composição do actual gabinete. Disse nomes, mas acerca dêssos nomes, relori tão somente actos, factos o atitudes.

,;E isto impróprio, Sr. Presidente?

Na segunda parte, pretendi interpretar a função que o actual Ministério viria a desempouhar dentro da vida política da República, qual o desígnio oculto quo poderíamos atribuir-lhe, qual a significação objectiva que derivava da sua própria composição e da composição dos grupos que o constituem.

Na parte final fiz a análise e demons trei que pelas pastas da instrução, do comércio e da marinha, e por qu.isi todas as outras pastas tinha sitio posto â margem o problema fundamental da nu cio na. lidade, aquele que o Governo da República devia considerar a parto, mais indispensável de toda a obra.

Sr. Presidente : na minha modéstia eu fui alcunhado de personalista.

Isto, Sr. Presidente, prova mais uma vez a minha isenção, e o Sr. Dr. Júlio Martins pode bem afirmar qual foi a minha resposta, não querendo ser Ministro, o que também pode ser confirmado pelo Sr. António Maria da Silva.

A mim ninguém me viu ainda a caminho do Capitólio, mas sim a caminho da morte.

Ser ministro é muito para a minha competência, e não é de hoje nem de ontem quo eu o digo.

O Sr. Ministro das Finanças quiz ontem fazer uma blague.

Os homens que aí Re sentam, a maior parte das vezes são atirados para o Governo sem preparação alguma. Eu, então sou acusado de mo querer preparar para bem servir a República! Sim! Eu não quero assaltar o caminho de ninguém.

Eu tenho articulado iactos poios quais provo quo primeiro que tudo defendo os interesses da República.

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pública, para se poder dizer na hora se guinto, em que a fatalidade das circunstâncias impõe unia concentração liberal-diTuocrática, que aí estão juntos, dezem-bristas, monárquicos e republicanos. A obra nofasta deste Ministério, já te vê um a repercussão na activi lade do apaixona-; mento de toda a gente política de Portu-j gul, e este Ministério, foi organizado por ntn homem que mais defendeu a política de nem vencidos nem vencedores.

. Eu nunca fui comandante de revoluções, nem uunca mo encontrei em quartéis generais de revoluções; mas, nunca os republicanos, na hora de maior perigo, deixaram de me encontrar a caminho da morte. (Apoiados)

Sr. Presidente, pareceu-me ter ouvido dizer ao Sr. Álvaro de Castro, que nessas horas perigosas eu estava em casa.

^.Será verdade?

Se é verdade, eu tenho o orgulho bastante para não responder. Respondam os republicanos que me conhecem. (Apoiados).

íSr. Presidente, eu não ando na política, — e vai esta explicação para quo, de uma vez para sempre, todos me entendam, — som um desígnio, sem uma ambição. Todos têm um desígnio, todos têm uma ambição. Não sou um santo; homem como todos os homens, tenho apenas uma virtude, a de combater galhardamente, a d^s-coborto, sem ficelles nem trucs, por aquilo que julgo sor a verdade o a justiça.

Admito sempre que possa estar enganado, mas articulo sempre a seguir, que sendo susceptível de estar em erro, posso emendar-me. Se estou em erro, persuadam-me, não me coajam.

Porém, ninguém tratou de me persuadir.

Mas permita V. Ex.a, Sr. Presidente, que eu continue.

Tenho a minha ambição, o essa, ó a de praticar bom à vista do todo o País, meia dúzia de princípios morais. Unia dessas regras, é a da acção: a outra é a da lealdade absoluta»

Eu sou incapaz de trair os meus camaradas; eu sou incapaz de me afastar do pôsío que mo designaram, o de, aíó, para l com os meus inimigos, deisar de ser leal c galhardo.