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Diário da, Gamara dos Deputados

ferente daquela que o meu partido lhe dispensou quando S. Ex.a foi Presidente do Ministério.

Podem, V. Ex.as achar incompetência ao Sr. Álvaro de Castro; a nossa consciência não nos impedirá de dormirmos sossegadamente. Não nos constrangemos com a atitude da Câmara. Deixamos estas cadeiras com a consolação de que outros as ocupem fazendo a sua carreira de Ministros ou subindo lá pela tarimba. Na nossa alma estamos sossegados, mas dormiremos talvez intranqiuTos única e exclusivamente porque a Republica assim se não dignifica nem se salva e porque se expulsam homens do Poder com medo que eles revelem unia competência superior à daqueles que os escorraçam para irem para lá. (Apoiados}.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

. O°Sr. António Maria da Silva (para ex-plicacòes}: — Não quero acompanhar o Sr. Ministro das Finanças no campo quási pessoal em que ele pôs a sua resposta.

Escuso de tornar a repetir que jamais esquecerei a sua dedicação e todas as provas de amizade que S. Ex.a me tem dado, não só quando fui Presidente do Ministério, mas ainda em outras étapes da minha vida.

S. Ex.a volta â mesma, mas não há nada que me leve para o caminho que S. Ex.a. quere trilhar. Tenho as ideas que possuo, nem mais nem menos; não tenho culpa de, nessa parte, ser inferior a S. Ex.a

Não há maneira, repito, de me levar para esse terreno; era fácil a disputa, mas era imprópria do Piirlamento.

Vou dar explicações à Câmara, pelo menos, na parte em que me posso explicar.

Entendia eu que não era obra profícua a dum Ministério que teria em absoluto um obstrucionismo constante; não era profícua, e como não tenho nem quero ter o Poder na minha mão como instrumento de vaidade ou amor próprio, queria simplesmente, com os meus colegas, ser útil ao meu País.

De facto, alguns dias antes de apresentar as medidas que já tinha prontas tiz algumas démarches, e sabem-no pes-

soas de dois partidos, quer directa quer indirectamente, para me assegurar não do apoio, porque tinha os votos, mas da colaboração parlamentar embora sinteíisada nestes termos: fiscalização dos actos do Governo.

Eu e os meus colegas estávamos animados do desejo de bem servir a Pátria e a República, mas chegado o c^nvenci-mento de que era impossível continuar naquele lugar, e como não tinha ido para ali senão para corresponder á indicação libérrima do Sr. Presidente-da República, convidando-me a arranjar Grovérno, resolvi sair.

Disse o Sr. Cunha Liai, e foi esse o principal motivo que me obrigou a usar da palavra, que eu aceitara uma moção que directa ou indirectamente ia ferir o Chefe Supremo da Nação. Veja V. Ex.a como isto ô inaceitável, como isto não corresponde às afirmações por mini produzidas, como isto não corresponde à afirmação do meu Partido.

O Sr. Presidente da República podo escolher libérrimaniente os Srs. Ministros, mas o que se torna absolutamente necessário é que eles tenham o apoio de todos os Partidos.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Augusto Dias da Silva (para interrogar a Mesa):— Pedi a palavra simplesmente para pregiíntar a V. Ex.a se está disposto a permitir que, a propósito do modo de votar, se peça a palavra para fazer longo's discursos. Chamo a atenção' de V. Ex.a para este facto, a fim de evitar o que se passou ontem.

O orador não reviu.

O Sr., Presidente : — Neste momento não está mais nenhum Sr. Deputado inscrito. • ^

O Sr. Pinto da Fonseca: — Reqneiro que sobre a moção do Sr. João Camoe-sas recaia votação nominal.

Moção