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íjessão de 24 e 25 de Novembro de 1920

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j Não será assim, porque não quoro ser maitir, e, quanto à cruz, alguém há do fazer de Cirineu!

Os partidos da República estão divididos. Infelizmente ó uru tacto ; mas porventura estào divididos ou -inertes para a luta V

,;Não haverá porventura um olo que possa unir os homens que se degludiam como feras?

Eu creio ainda na ressurreição dos mortos, e se fosse possível ressurgirem aqueles que comnosco lutaram no 31 de Janeiro. nas ruas do Porto, o beijaram o pó, os que caíram no 5 de Outubro em Lisboa, os qurt morreram no Norte e em Monsanto, eles haviam de unir se melhor do que os vivos e dar-nos um nnbre exemplo de solidariedade republiccina.

As pessoas que chegam até uma grande altura e que atravessam as esferas elevadas encontram mais facilmente quem as proteja do que o pobre que, andando descalço em defesa da República, traz simplesmente no seu coração a pureza da sua fé.

Sr. Presidente, façamos nós próprios a união dos republicanos, não vá suceder que uma nova ditadura venha fustigar-no 3 o corpo e a alma, agrilhoando os nossos braços, mostrando-nos na realidade que só podemos estar unidos na cadeia.

A incoerência que tem havido dentro da alma republicana tem levado muitos à tranquilidade das suas famílias, onde as amizades não são fementidas como as amizades da política.

Façamos a obra por nós mesmos.

Estas mesmas mãos com que nos temos cumprimentado uns aos outros, e que têm erguido tantas vezes a pena na defesa dos nossos princípios e empunhado as espingardas para defesa do nosso ideal, reali-soin essa união !

Recordamos que os sacrifícios do passado nada de útil nos deram, mas que podemos hqi e ainda fazar viver Ouuo passíido !

Mando para a J.ÍUSH a seguinte

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com o preceituado no artigo Õ3.° da Constituição, e cotihidòrando que eui atenção à gravidade do momento actual devo aguardar a obra económica e financeira do referido Governo, passa à ordem do dia.— Lisboa, 20 de Novembro do 192U.—Mem VerdiaL

O discurso será 'publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, re-vístax, as notas taquifjrájicas que lhe foram enviadas.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — Pouco me interessa que a resolução da criso soja a favor de um ou de outro lado da Cfi-rnara.

Vou analisar o aspecto da vida republicana desde- Monsnnto. até hoje.

Fui convidado para o movimento de Santarém, e declarei ao Sr. Álvaro do Castro que o Partido Socialista e alguns operários o acompanhavam pai a fazer derrubar o sidonismo, e que, jamais admitiríamos que se repetisse a demogogia que deu origem ao aparecimento de Sidnóio Pais. Disse também que era preciso que a República enveredasse por um caminho de reformas sociais, e de facto procedeu--se assim, mas depois organizaram-se contra as forças operárias, mostrando o pouco amor que lhe merecia a República.

A luta que há duas sessões se trava nesta casa tem sido absurda, porque tem. andado em redor de interesses de grupos e grupinhos.

j Nós temos assistido a cousas extraordinárias!

Do que não resta dúvida é que a maioria da Câmara, apesar de ter pessoalmente por cada um dos Srs. Ministros a maior consideração,, não está, porôin, disposta a dar-lhe a sua confiança.

^Ora se isto é assim, para que se prolongam estas enormes sessões? Eu pre-gunto a V. EX.*, Sr. Presidente, se o País pôde suportar por mais tempo esta situação!