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Diário 'da Câmara do* Deputados

Mas entreguei a solução do caso a V. Ex.a, como Presidente da Câmara. V. Ex.a já explicou tudo à Câmara e eu, por meu lado, empreguei palavras concretas para definir a minha atitude.

Parece-me, portanto, que V. Ex.a não deve querer que eu me sujeite a imposições seja de quem for. Desde que eu já disse que não tive intuitos de ofender fosse quem fosse, e muito menos a Câmara, creio que não posso sujeitar-me a imposições de nenhum colega meu.

Consulte V. Ex.a a Câmara e ela dirá se devo ou não continuar no uso da palavra e se considera suficientes as explicações que acabo de dar.

Tenho dito.

O orador não reviu.'

O Sr. Presidente: — O Sr. Plínio Silva repetiu a declaração anterior de que não considera ofensivas seja para quem for as palavras que proferiu.

Julgo que a Câmara se deve dar por satisfeita com estas explicações.

S. Ex.a procedeu ao abrigo do § 1.° do artigo 105.°

Como não suponho S. Ex.a capaz de proferir qualquer palavra ofensiva seja para quem for e para o prestígio do Par-Irmento, só tenho de cumprir o Regimento neste artigo.

Apartes.

Defendo por igual o direito de todos os Srs. Deputados com a imparciali-dude que se deve ter neste lugar e assim declaro como não proferidas as palavras de S. Ex.a, e como Presidente da Câmara não posso neste momento fazer outra cousa.

Apartes.

O Sr. Pais Rovisco:-— Peço a palavra para explicações.

Vojzes: -^- Isto não pode ser!

O Sr. Ladislau Batalha:—-Assim não há maneira de trabalhar! Só pensamos em perder tempo...

O Sr. Presidente:-—Vai continuar a discussão do projecto.

O Sr. Presidente: — Peço ordem. Continua o sussurro.

O Sr. Presidente: — Está interrompida a sessão.

Eram 18 horas e 25 minutos.

As 19 horas e ô minutos v Sr. Presidente reabre a sessão.

O Sr. Presidente: — Durante a interrupção da sessão procurei o Sr. Plínio Silva para falar com S. Ex.a acerca do incidente que se deu.

Pedi a S. Ex.a, como já o tinha feito deste lugar, explicações sobre as palavras que havia proferido e S. Ex.a, com a maior correcção e lealdade, declarou que as suas 'palavras nem na intenção nem na forma podiam ser consideradas ofensivas seja para quem for.

Nestas condições considero-as como não proferidas, e como a hora vai adiantada e o Sr. Plínio Silva não desejaria certamente usar da palavra neste curto espaço de tempo, vou encerrar a sessão.

O Sr. Henrique de Vasconcelos: — O Regimento não permite isso, temos de recuperar o tempo que perdemos e a sessão tem de continuar.

O Sr. Presidente : —Faltam apenas dez minutos para se encerrar a sessão e estão inscritos alguns 3rs. Deputados para antes de se encerrar a sessão, e nestas condições vou dar a palavra ao Sr. Vergilio Costa.

Antes de §e encerrar a sessão

O Sr. Vergilio Costa:—Sr. Presidente: pedi a palavra para rogar a V. Ex.* que sejam publicados no Diário do Governo os documentos que o Sr. Ministro das Finanças mandou para a Mesa.

O Sr. António Granjo:—E necessário saber-se o que contêm esses documentos. Apartes. \

O Sr. António Granjo:— O que eu desejava é que S. Ex.a mandasse ler os documentos.

Vozes:—Não pode ser! A sessão torna-se agitada.