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Diário da Câmara dos Deputados

zemos a República, acabaremos monárquicos !

Fazem-se mil e uma combinações para a formação deste ou daquele Governo, discute-se muito a dissolução e não vêem o perigo.

Eu digo: andem depressa! Digo a verdade e falo com o coração nas mãos.

Aqui estarei no meu lugar, pronto a' discutir com todos, esperando que acabe esta triste situação, fazendo-se uma cousa um pouco melhor do que as tristes cousas que todos nós temos feito.

Tenho dito.

Vozes: — Muito bem.

O discurso será publicado na íntegra quando o orador haja devolvido as notas taquigrâficas.

O Sr. Presidente: — Eu devo dizer ao ilustre Deputado Sr. Plínio Silva que posso pôr desde já em discussão o projecto, da sua iniciativa. Porém, para o fazer, necessário se torna que V. Ex.ft desista da comparência do Sr. Ministro da Guerra que não pode vir actualmente à Câmara.

O Sr. Plínio Silva:—O que V. Ex.a tem a fazer é consultar a Câmara sobre se está de acordo em que o meu projecto se discuta sem a presença do Sr. Ministro da Guerra.

O Sr. Presidente:—Eu devo dizer a V. Ex.a que o projecto é d a sua iniciativa e assim para ele poder entrar em discussão necessário é que V. Ex.;i desista da comparência do Sr. Ministro da Guerra.

O Sr. Plinio Silva: — Nesse caso eu desisto da presença do Sr. Ministro da Guerra, visto o assunto ser urgente e desejar que o mesmo seja resolvido antes de l cie Março.

O Sr. Presidente:—Visto V. Ex.:i desistir da presença do Sr. Ministro da. Guerra, vou pô-lo então em discussão.

O Sr. Américo Olavo:—Eu devo dizer que não sei de que se trata. E, assim, eu peço, visto não havor parecer impresso, que \r. Kx.': suspenda ,por alguns minutos

a sessão a fim de poder ir à Mesa fazer a leitura do mesmo. Pausa.

O Sr. Américo Olavo: — Sr. Presidente : acabei de ler na Mesa o projecto do • Sr. Plínio Silva e admira-me bastante que S. Ex.a tenha insistido pela imediata discussão do mesmo, não estando presente o Sr. Ministro da Guerra.

Sabe perfeitamente o Sr. Plínio Silva que o Sr. Ministro da Guerra pediu a sua demissão, tendo porém já expedido ordens no sentido dessa encorporação se fazer. Para que ela se faça em 5 de Março já muitas ordens estão dadas por parte do Estado nesse sentido.

De resto, Sr. Presidente,, eu não sei quais as razões que calam no seu espírito e que não podem estar no dos outros.

Sabe Y. Ex.a que nos exércitos de todos os países que têm vontade de viver, se faz justamente o contrário do que V. Ex.a deseja; por se entender que isso se torna necessário para a defesa internacional e por se compreender a necessidade de os manter para a defesa do País.

Não posso compreender sois a razão que leva o Sr. Plínio Silva a sustentar à a doutrina de que podemos prescindir perfeitamente do exército.

O Sr. Plinio Silva: — Eu nunca defendi essa doutrina.

O Orador: — . . .E vou dizer a V. Ex.a porquê. V. Ex.as sabem que estabelecida a necessidade de todos os homens válidos de determinada idade terem de receber instrução militar...

O Sr. Plinio Silva:—V. Ex.a dá-me licença ? ... £ Como é que V. Ex.a pode estar a discutir um assunto desta natureza, se só agora tomou conhecimento do projecto que eu enviei para a Mesa em Dezembro?

O Orador: — Sr. Plínio Si".vá: estou a falar duma questão que V. Ex.a trouxe repetidas vezes a esta Câmara, e de cuja oportunidade e utilidade V. Ex.a não logrou convencê-la.