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fiiário da Câmara dos Deputados

tos militares nesta Câmara, nem sempre ela ó tratada, ou, pelo menos, ouvida com o cuidado com que realmente esta o tem sido.

Faço votos por que o Parlamento do meu país não esqueça as palavras do Sr. António Granjo, aqui proferidas, lembrando-se bem que não é na ocasião do perigo, na ocasião em que a guerra estala, > que devemos criar exércitos.

Poderemos receber nessa ocasião, duma potência aliada, o material de guerra que necessitemos e ela nos possa fornecer; e temos, Sr. Presidente, de constatar que, infelizmente, em todas as campanhas que têm havido nos tempos modernos, em que temos sido arrastados à guerra, tem sempre sucedido essa circunstância. São os nossos aliados que fornecem o material de guerra, e até —cousa triste!— por vezes são os aliados que nos fornecem os generais.

Mas, Sr. Presidente, o que eles não podem fornecer são os nossos soldados. E, para que eles estejam em condições de poderem fazer uso desse material, é necessário que no tempo de paz aprendam tudo quanto podem aprender e se preparem tanto quanto possam para que o material não seja uma cousa nula para

Kenovando o meu voto para que não seja votada pela Câmara este projecto, eu tenho a certeza que se pratica um acto patriótico e de segurança para a Kepú-blica.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, a? notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

Os apartes não foram revistos pelos oradores que os fizeram.

O Sr. Plínio Silva:—V. Ex.a Sr. Presidente, informa-me quanto tempo tenho para usar da palavra?

O Sr. Presidente:— Tem V. Ex.l< vinte e cinco minutos.

O Orador:—Vou ser muito breve pars, que também a solução seja breve.

Houve uma parte das minhas considerações que nenhum orador refutou, e & que o Sr. António Granjo em especiai

se referiu; diz respeito à ilegalidade das ordens dadas pelo Sr. Ministro da Guerra.

Uma vez reconhecido pela Câmara que este facto não foi refutado por nenhum dos oradores que atacaram o projecto, acho que o Poder Legislativo não pode deixar de afirmar essa opinião. Por isso mando para a Mesa uma moção que passo a ler:

Foi lida no Mesa e admitida a seguinte

Moção

A Câmara dos Deputados, considerando que as ordens dadas por S. Ex.a o Sr. Ministro da Guerra demissionário, relativamente à Escola de Recrutas no ano de 1921, alterando a sua duração e datas de encorporação, estar fora das suas atribuições, pois que assuto de Tal natureza é da exclusiva competência do Poder Legislativo, considera-os nulos o de nenhum efeito. —Plínio Silva.

O Sr. Helder Ribeiro: — Sr. Presidente: fazia tenção de entrar no debate em discussão, acerca de um projecto que sob o ponto de vista militar é absolutamente errado e falso, embora orientado pelo desejo de atender às circunstâncias difíceis do Tesouro. Só por esse lado se justifica sua apresentação; mas, ao fazer tenção de entrar nesse bebate, mal eu supunha que apareceria o facto estranho de se apresentar, quási no fim da discussão e quando o apresentante desse projecto afirmava ia ser breve porque a matéria estava discutida, uma moção de censura a um acto do Sr. Ministro da Guerra, exactamente no momento em que S. Ex.a está demissionário.

O Sr. Plínio Silva:—Nada tem uma cousa com outra. O Sr. Ministro já deu o exemplo de abandonar a sua cadeira de Ministro para vir discutir como Deputado. Podia ter vindo aqui.