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A nossa organização de 1911 não fala em material, nem o tinha de fazer, porque pertence ao Poder Legislativo fornecer ao Executivo os meios necessários para que essa organização pudesse funcionar rapidamente como era preciso. Porém, circunstâncias de várias ordens impediram que essa organização pudesse ter os seus efeitos.

São, pois, repito, duas questões coin-pletamente diferentes, porque se vamos a fazer uma organização, neste momento, tomando por base os meios de acção de que podemos dispor, então, Sr. Presidente, eu não posso continuar as minhas considerações .. .

O Sr. Presidente:—Peço a atenção da Câmara.

O Orador: — Sr. Presidente: eu dizia que não podia continuar as minhas considerações, desde que me pusessem a questão como parece aqui se pretendeu fazer, isto ê, tomar como base para uma organização, apenas o material de que podemos dispor.

O Sr. Presidente:—Era tal o barulho que se fazia na sala, que não pude compreender as palavras de V. Ex.a, e por isso chamei a atenção da Câmara.

O Orador :—Por isso repeti o que tinha dito.

Mas há mais, Sr. Presidente, nós assistimos ao seguinte facto: é que tendo nós as tais 8 divisões, e tendo mandado para França um corpo de exército, que corresponde a duas, nós assistimos à rapidez que houve em promoções e que foram provenientes exactamente da necessidade que havia de promover rapidamente aos postos superiores, a fim de termos oficiais em condições de entrarem na guerra.

Devo também dizer à Câmara que a a campanha que se fez naquela ocasião, contra a, quantidade de oficiais que foram à junta, era tudo quanto havia de mais justo, porque nessa altura foram reformados por atacado aqueles que tinham de ser reformados às doses.

Como muito bem disse o Sr. António Granja £ como é que, numa guerra mundial ou numa guerra particular não se pode pôr em acção^todos os efectivos a

que ela nos pode obrigar, se aão tivermos, desde o tempo de paz, um núcleo de unidades que possa colocar êíse desdobramento em condições aceitáveis?

S. Ex.a disse que a guerra não voltará tara cedo. Eu estou convencido de que isto foi prosa celestial, e que, pelo contrário, estou convencido de que a f atura guerra já está engatilhada.

A nossa independência de 1640 foi extraordinariamente influenciada, coadjuvada, sob todos os pontos c:e vista, pela guerra dos 30 anos, constituindo mesmo um seu episódio. Na guerra de sucessão de Espanha, que foi uma guerra europeia, tivemos de entrar^ como nr. dos 7 anos entre a Áustria e a Alemanha, como na da Eevolução, como na napoleónica, e, finalmente, na grande guerra todos reconhecem que não podíamos deixar de tomar parte. (Apoiados).

^Como havemos nós de partir do princípio de que as divisões devem ser duas ou três, quando não se sabe ás condições em que porventura amanhã teremos de entrar em campanha, qual será o teatro da guerra ?

Eu não disse nada que se oponha a tocar na organização. Simplesmente o que desejo frisar bem é que seria da maior inconveniência estar a fazer modificações profundas sem o estudo das estações técnicas que á esses trabalhos dão o melhor do seu esforço e sem sabarmos bem a orientação daqueles países que estão em condições de fazer experiências.

Aludiu o Sr. António Granjo aos curtos períodos de instrução. Não M dúvida d© que se reconhece que têm de ser aumentados porque há que ensinar mais alguma cousa ao soldado, mas, assim, cairemos de novo na questão de dinheiro e de material, por isso que, evidentemente, não podemos ensinar essas cousas novas sem que tenhamos o respectivo material de ensino que é, ao mesmo tempo, material de combate e de guerra. Se todos têm dito — e é verdade — que se torna mester comprimir as despesas, cue em consideração tem de se sobrepor a qualquer outra, ^ corno é que poderemos ter esperanças de vir a haver esse material?