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$essão de 23 de fievoreiro de

O Orador: — Disse agora o Sr. Aguas, em aparte, e eu peço licença para o repetir: façam-se reduções, mas não se fechem as portas.

Igualmente o Sr. António Q-ranjofalou da educação física. Não sou orador, não sei empregar mais de uma palavra para expressar uma idea, não sei fazer longos discursos, como também não me habituo a ouvi-los, mas parecia-me ter dito ontem o bastante para mostrar que tenho pela educação física a maior consideração, tendo tido até ° ensejo de me referir a certos factos passados pelo Ministério da Instrução, como seja o de haver funcionários encarregados dos respectivos serviços e para eles não existir material.

A gimnástica não pode ser de forma alguma o cansaço. Pelo contrário, deve dirigir-se a lição sem a fadiga.

É esta a razão, certamente, -porque o Estado Maior propôs para se cortar. Alguma cousa era preciso cortar.

Cortou-se, portanto, no tempo destinado à educação física. O relatório do Estado Maior manifesta claramente e lamentou-se de ter feito o corte por questões de ordem financeira.

Disse o Sr. António Granj o que eu tinha concordado...

O Sr. António Gr anjo {interrompendo}:— Não vale a pena discutir esse facto.

O Orador: — É um engano. Houve necessidade de licenciar em 14 de Maio.

Em 1914 houve escola de recrutas, e em 1915.

Em 1916...

O Sr. Plínio Silva (interrompendo): — Houve necessidade de licenciar algumas unidades.

O Orador:—Perfeitamente. Só algumas unidades.

Em 1916 houve escola de recrutas. Houve outra em Torres Vedras. Foi por atacado.

Em 1917 entrámos na guerra e houve escola de recrutas.

Em 1918... não estava em condições de me encarregar de cousa alguma.

Em outros anos houve acontecimentos

políticos, não havendo maneira de organizar esta escola. Não me lembro também se se-deixou de fazer escola de repetição.

O Sr. António Granjo:—Foi a proposta apresentada pelo Sr. Afonso Costa, ou defendida.

O Orador:—Não me recordo. Na certeza, porém, de que não houve nenhuma situação ou caso que pudesse ter o aspecto de encerrar essa escola.

Posso garantir que a instrução se havia de fazer. Estou, porém, no campo da hipótese.

Custa-me aceitar que V. Ex.a esteja tam equivocado. Poderia, emfim, por qualquer circunstância imperiosa ter concordado com alguma pequena modificação quanto à incorporação. O que jamais poderei ter feito é concordar com o adiamento èine die da escola de recrutas.

Eu não esqueço que vivo num país em que não se trabalha senão de rasgão. Ou há um movimento de entusiasmo e vai tudo por diante, ou então, não sendo assim, nada se faz. Não há persistência. Não há a fria coragem, não há a fria intenção sem grandes discursos, que consiste em fazer com que os homens encarregados de executar \irna determinada cousa tenham tanta vontade daqui a um ano como tinham no início do seu objectivo.

Votado agora o adiamento, há-de haver depois grandes dificuldades em voltar a chamar os mancebos às fileiras. Eles hão--de contar com novos adiamentos.

Sr. Presidente: o Sr. António Granjo, na segunda parte do seu discurso, veio com as suas considerações reforçar as que eu já havia feito. Reconheceu S.Ex.aque não é conveniente aprovar o projecto do Sr., Plínio Silva.

É este o ponto principal da discussão. Peço, portanto, à Câmara que me desculpe o eu ter divagado em considerações alheias ao projecto.

Sr. Presidente: não posso deixar de acompanhar o Sr. António Granjo no apelo que S. Ex.a fez à Câmara, quando chamou a atenção dela para as questões militares.