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Sessão de 23 de Fevereiro de 19Ê1

Disse eu ontem, e S. Ex.a parece que constatou esse facto com certa admiração, que nas futuras alterações se torna necessário desenvolver os especialistas, levando esse desenvolvimento a uma conclusão oposta àquela a que o Sr. Plínio Silva chegava, qual era a de que seria aumentar os quadros. E que, Sr. Presidente, eu chamo quadro a todos os especialistas , e tam especialista é o oficial que tem funções de comando, como o sargento, como os simples soldados que têm determinados serviços a desempenhar, como os homens da aviação, os condutores de automóveis, os metralhadores, cujas especialidades já existiam na organização e que a última guerra revelou deverem ser ser desenvolvidas. Ninguém, portanto, poderá recrutar estes especialistas, se não houver um pessoal suficientemente numeroso que se demore nas fileiras o tempo necessário não só para se fazer a selecção, como para se aperfeiçoarem os seleccionados.

Disse, também, o Sr. António Grranjo que um dos factos que se tinha constatado no última conflito foi de que, se não fosse a administração militar inglesa, o nosso exército teria passado fome. Não posso, Sr. Presidente, aceitar esta afirmação assim; por isso que todos sabem que desde o início ficou assente que a administração que havia de servir o exército português era a administração ingleso, de modo que, não se tendo posto à prova a nossa administração militar em todos os seus escalões, não sei como se possa concluir que ela não estava à altura de desempenhar o seu papel.

Estou intimamente convicto de que, se porventura se tivesse dado à nossa administração militar o encargo completo de fornecer ao exército português tudo quanto respeita aos serviços de alimentação e fardamentos, ela havia de empregar todos os esforços para, dentro dos recursos quê lhe tivessem sido prestados, bem cumprir a sua missão. (Apoiados).

Sei, por ouvir contar, que algumas deficiências houve. Elas, porém, não se deram por culpa da administração militar portuguesa ou inglesa, mas de um serviço que havia à retaguarda, e foi assim que por vezes a organização dos transportes prejudicou completamente os planos do estado maior, de tal maneira que, estando'

tudo preparado para o embarque, unidades houve que foram aos pedaços.

O Sr. António Granjo: — <_ de='de' nossos='nossos' estavam='estavam' português.-o='português.-o' lição.='lição.' parte='parte' _.as='_.as' do='do' dá-ine='dá-ine' pessoais='pessoais' sempre='sempre' tirar='tirar' adminis-ção='adminis-ção' em='em' va='va' todas='todas' serviços='serviços' eu='eu' as='as' está='está' licença='licença' qualidades='qualidades' militar='militar' seja='seja' que='que' foi='foi' dessa='dessa' respectiva='respectiva' brio='brio' ex.='ex.' oficial='oficial' _='_' a='a' os='os' e='e' português='português' devíamos='devíamos' guerra='guerra' qualquer='qualquer' oportunidade='oportunidade' demonstrou='demonstrou' o='o' p='p' produzidas='produzidas' minhas='minhas' deficiência='deficiência' significar='significar' deficientemente='deficientemente' considerações='considerações' quis='quis' organizados='organizados'>

O Orador:—Referiu-se ainda o Sr. António Grranjo à necessidade de redução de divisões. Isto não interessa completamente às condições básicas da nossa organização, nem também é um assunto que apresente melhoria ou não de uma organização. O número de divisões não pode ser arbitrariamente estabelecido. A organização baseia-se em que todos os cidadãos são soldados quando for preciso, de maneira que o número de divisões, de regimentos tem de ser aquela que convenientemente enquadra as possibilidades militares da nação. Se tivermos em paz o esqueleto demasiadamente reduzido, teremos que, à pressa, fazer tudo, absolutamente tudo, na ocasião em que for necessário pôr o exército em pé .de guerra.

Um aparte que não se ouviu do Sr. Ma-nuelJosé da Silva (Oliveira de Azeméis).

O Orador: — O Sr. Manuel José da Silva, interrompendo-me, apresentou agora, como grande argumento, como consideração de grande valor o facto de que não há uma companhia que tenha todos os artigos de que precisa, mas a organização não tem nada com o haver ou não haver artigos, pois que isso não é uma questão de organização, mas de material e de dinheiro.