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Diário da Câmara dos D&putaâ&s

O que me interessa neste caso é o Brasil.

Não. desconhecem V. Ex.as o quo sse está fazendo aos portugueses residentes no Brasil, há um certo tempo a esta parto, no Brasil, já sobre a aplicação da lei da nacionalização da pesca, já sobre o des-erédito de Portugal.

Na imprensa brasileira fazem-se desagradáveis referências a Portugal, ofendendo-se os portugueses ali residentes.

Peço, pois, a .atenção do Governo e do Ministro dos Estrangeiros para o as,-sttnto.

Da forma como foi executada a legislação sobre a pesca dos portugueses h ú muito a estranhar. Os jornais brasileiros referem-s e à forma violenta como f c i aplicada aos portugueses pelo oficial d3 marinha "Vilar.

Sr. Presidente: se quisesse abusar da atenção da Câmara leria o jornal A Pátria, do Rio de Janeiro, onde é 'descrita a forma desprimorosa corno foram tratados os poveiros.

Tem-se feito aí unia campanha de descrédito contra Portugal. O Governo nada tem dito sobre este assunto, como doutros que representam desprestrígio para o bom nome de Portugal.

Sensibilizaram profundamente a Nação as notícias que através da imprensa chegaram ao seu conhecimento.

Impõe-se que o Governo alguma COUSÍL diga.

Devo salientar, contudo, as declarações feitas pelo então Ministro dos Estrangeiros Sr. Melo Barreto, que historiou a questão, até a sua saída do Gevôrno.

Não quero dizer, porém, que o actual Sr. Ministro dos Estrangeiros se queira. eximir a essas declarações. •

S. Ex.a, - certamente, se tivesse tido oportunidade de o fazer, já o teria feito.

Porisao chamo a atenção do S. Ex.a para esse facto.

Outras desconsiderações feitas a Portugal há que V. Ex.a conhece por certo, como a respeitante ao comandante do cru-zador S. Paulo, quando da vinda a Portugal do Rei dos Belgas. Creio ter havido falta de respeito o consideração para as auctoridades de marinha pelo referido comandante e segundo me consta o Ministro dos Estrangeiros trocou notas com o nosso embaixador no Brazil. £ O que há

pois? <_0 como='como' de='de' a='a' país='país' e='e' governo='governo' responder='responder' o='o' livre='livre' p='p' está='está' exigimos='exigimos' um='um' independente='independente' habilitado='habilitado' todos.='todos.' respeito='respeito' somos='somos' tal='tal'>

Além do caso dos poveiros e do" comandante do cruzador S. Paulo. V. Ex.a sabe bem que no Brasil se :?az unia campanha de descrédito contra Portugal, tendo-se até feito referências desagradáreis contra nós mini comício que se realizou na Biblioteca Pública no Rio de Janeiro, ao qual assistiram autoridades brasileiras.

A campanha contra Portugal é do maior descrédito.

Nós, Sr. Presidente, não podemos continuar a viver assim, e o meu desejo seria que o Governo nos dissesse alguma cou-?a sobre o assunto, já que o neo fez na declaração ministerial.

O que é uma falta, Sr. Presidente, ô que os portugueses que aí residem se QÍ<_ que='que' no='no' de='de' tão='tão' necessidade='necessidade' haveres='haveres' os='os' vendo='vendo' e='e' seus='seus' portugal='portugal' retirar='retirar' vender='vender' dizem='dizem' p='p' por='por' yivor='yivor' podem='podem' na='na' para='para' isso='isso' não='não' brasil.='brasil.'>

Desejaria, pois, que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros pudesse dizer à Câmara qualquer cousa no sentido de esclarecer o assunto, pois o meu receio é de que em Portugal se possa igualmente fazer uma campanha contra o Brasil, cam-ponha essa que já teve o í'eu início no Instituto do Comércio por parte dos alunos, assim como em Coimbra e Porto, o que é perigoso, razão por qt.e a meu desejo será que ela não vá p^r diante, se foi^injusta.

E preciso que se esclareça, o assunto, nfio havendo situações dúbias, e assim eu, permito-me fazer as seguintes perguntas :

<íHá p='p' reclamação='reclamação' portugal='portugal' em='em' brasil='brasil' qualquer='qualquer' contra='contra' o='o'>

£ Se o há, obtivemos já ahruma resposta, e foi ela satisfatória?

Este estado de cousas, Sr. Presidente, é perigoso para Portugal, porém, o que se não pode admitir é que no Eio de Janeiro se façam comícios, como eu já referi à Câmara, fazendo-se uma campanha de descrédito contra Portugal, e nós estejamos de braços cruzados.

Isso ó que não pôde ser o contra isso é que eu me revolto.