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Sessão de lõ de Abril de 1921

Só à própria companhia é que se pode dar essa garantia. Em nada se prejudica a carteira de Angola. Por esta forma obteremos empréstimos favoráveis.

A companhia, que tem o seu interesse em que o Estado se desenvolva, fará melhores condições do que qualquer prestamista estrangeiro que não terá, por certo, esse interesse.

Além do empréstimo grande, o Alto Comissário de Angola precisará de aproveitar todas as migalhas que possa obter para levar a bom termo a obra integral que espera fazer em Angola. - Estou eu nesse cargo e desejo chegar a bom êxito para bem terminar a minha vida neste último quarto de sentinela de que o país me encarregou.

Sr. Presidente: há um ponto importante a considerar e que foi tocado pelo Sr. Ferreira Dinis. O aumento das receitas da ^província.

E um ponto que realmente mo tem preocupado e é, de facto, um ponto grave.

Terei muito gosto em que seja ventilado o caso, porque não estou aqui a arranjar facilidades para a aprovação do projecto. Devo falar ao país com toda a franqueza e lisura.

Vamos contrair um empréstimo dó 60:000 contos, que hoje representam 600:000 contos.

£ Vamos atirar isso para cima do Estado que é o fiador da província?

São considerações dignas de serem ponderadas, e muito folgo de que o Sr. Ministro das Finanças me esteja ouvindo sobre este assunto.

Estes empréstimos são feitos em séries o estendendo-se por um período até 1927.

Tom de se começar com toda a cautela por empréstimos pequenos e limitados, sucessivamente, para ver se as condições gerais melhoram, se o trabalho de fomento e colonização, mercê desses empréstimos pequenos, vai dando os resultados desejados, e se por eles se transforma em grande parte a província.

Cumpre-me dizer que é preciso haver critério na escolha dos que hão-de ir para as colónias fazer administração rigorosa e que é mais fácil de fazer que no país, porque o número de funcionários é menor e a fiscalização mais fácil, desde que

se tenha a nítida compreensão dos deveres, para fazer cumprir as leis e fazer trabalhar o funcionalismo, custe o que custar.

Isso coiisegue-se sem dificuldade, desde que continuemos nessa província a obra que hoje está começada da nossa colonização.

Estou convencido que só a exploração das possibilidades de Angola, ê sua enorme riqueza, poderá cobrir os encargos a realizar neste período de sete a oito anos.

Quando estive em Angola, fui informado de que havia uma grande riqueza do diamantes no distrito da Lunda.

Mandei ver o que havia, e as informações que me foram dadas — toda a gente se engana—foram de que não havia probabilidades de naquele terreno aparecer qualquer depósito de diamantes.

Tempos depois, quando eu estava já para retirar da colónia, foi dada uma concessão para exploração duma mina de diamantes em Angola. Com essa concessão, para pesquisas, os concessionários foram trabalhando, mas sei que até agora o seu rendimento tem sido zero. Todavia foi um dos assuntos que já mereceram a minha atenção, visto que já me chegaram pedidos para prorrogação da mesma concessão; e o assunto está hoje no seguinte : pelas condições que eu pus de exploração, que, aliás, já foram aceitas pela companhia concessionária, essa concessão deve representar para a província de Angola o rendimento anual de 100:000 libras, o que já é -bastante ao câmbio actual.