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Diário da Câmara dos Deputados

cima de nós todos, quando, afinal de contas, essa loi foi feita para os monárquicos pagarem todos os prejuízos causados.

Se não há justiça neste país, então está bem, mas se há ainda um resto desse sentimento de justiça nesta assemblea, que é retintamente republicana, é mester que o Sr. Ministro da Justiça obrigue esses funcionários a apresentar as listas dos responsáveis, pois é inadmissível e extraordinariamente ridículo que tais comissões vão adiando, sob o pretexto, por exemplo, de que não tem dinheiro para o papel, tinta e penas, a organização dessas listas.

Assim, tanto esse como todos os outros devem ser intimados a apresentá-las no mais curto prazo, uma vez que da sua não apresentação po^e resultar que ainda este semestre não possa ser lançado o respectivo adicional.

£ Então hão-de ser os próprios lesados que hãó-de pagar os prejuízos que" lhos foram causados?

Ki absolutamente indispensável que o Sr. Ministro da Justiça faça entrar esses funcionários no caminho da ordem e :lo dever.

Nesse sentido, mando para a Mesa i.m projecto, para o'qual peço urgência e dispensa do Regimento.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca):—Tive conhecimento de que na sessão de hoje um Sr. Deputado se referira, com estranheza, ao facto de eu me não encontrar presente no momento em que o Sr. Presidente declarara que se ia entrar na discussão da proposta de loi sobre a reparação das os-tradas.

A circunstância de eu vir a esta hora justifica-se com o facto do mo ter demorado até agora num Conselho de Ministros que acaba de se realizar.

Creio que esta circunstância terá justificado perante S. Ex.a e perante a Câmara a minha forçada ausência.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva:—Posto que o Sr. Ministro do Comércio não tenha proferido o nome dó Deputado qu;1 estranhou a circunstância de S. Ex.a só não encontrar presente no momento em que se ia

entrar na apreciação da proposta sobro reparação de estradas, julgo-me no dever de dizer que esse Depntado fui en. E se eu estranhei, com uma certa vivacidade, a ausência de S. Ex.1"1, foi( porque/sendo o assunto da mais alta imr. ortância, assumiu já um aspecto em que parece ser feita justiça a todos os que i em mostrado interesse em o resolver de harmonia com as exigências nacionais, não devendo por isso proceder-se por forma a dar a impressão de que elo nos não merece o cuidado o o interesse que apregoamos. O orador não reviu.

O Sr. Júlio Cruz: — llequoiro quo on-tre imediatamente em discussão o projecto de lei n.° 658-A.

O Sr. Presidente: — Não posso consultar a Câmara, porque ainda não há número.

Pausa.

O Sr. Presidente : — Vai prosseguir a discussão da proposta do Sr. Ministro do Comércio, mas antes convém resolver o incidente que se suscitou, por não ter sido concedida a palavra ao Sr. Alves dos Santos, conforme o sou pedido, em consequência de se ter feito a votação da proposta na generalidade.

Parece averiguado que D Sr. Deputado— pois deve servir de garantia à Câmara a sua declaração — pediu a palavra, mas pareço também que da parte da as-sembíea se reconheceu, por unanimidade, que a Mesa procedeu som acinte (Apoiados (jerais)} e apenas por efeito dum mero equívoco, proveniente de ser substituída a pessoa que presidia à sessão. (Apoiados gerais}. Mas estamos em presença dum lacto consumado, e não podemos voltar atrás, pelo amor que devemos ao prestígio e dignidade do Parlamento. (Apoiados).