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Sessão de 18 de Março de. 1921

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O Orador: — Para mim é indiferente que seja uma repartição de turismo ou uma direcção geral de turismo. O que me interessa não é o nome é a função.

Se eu sei que sempre há-de haver um organismo que trate dos serviços de turismo £ que me importa que seja este ou aquele, esta ou aquela repartição que trate dôsse assunto?

Eu tenho uma reforma, mas entendo que não merece a pena trazê-la, neste momento, à Câmara porque traria uma grande discussão que os trabalhos também urgentes do Parlamento não comportavam, como ó a discussão do Orçamento e as propostas de Finanças.

Há reformas pendentes destes Ministério, gravíssimos problemas a resolver pela Câmara dos Deputados.

Efectivamente, quando se discutir a lei urgente do Sr. Plínio Silva, direi que acho preferível que se mantenha a organização do Sr. Velhinho Correia. E é preferível essa organização a regressar ao antigo sistema mais defeituoso do que o actual.

E preferível viver com um instrumento que não é completamente bom a viver com outro que é mau.

Parece-me ter correspondido às considerações de natureza geral feitas à minha proposta de lei.

Como não foi apresentada nenhema emenda, dou por terminadas, por agora, as minhas considerações.

O orador não reviu.

É aprovada a acta.

São concedidas as seguintes licenças:

Pedidos de licença

Do Sr. José de Almeida, IMia. Do Sr. Camarate Campos, l dia. Do Sr. M. Ferreira da Rocha, 3 semanas.

Concedido.

Comunique-se.

Para a comissão de infracções e faltas.

Ò Sr. Plínio Silva: — Requeiro se pro-siga na discussão da proposta de lei n.° 189.°, sem prejuízo doutros quaisquer projectos.

Aprovado.

O Sr. Barbosa de Magalhães (em negócio urgente}: — Sr. Presidente: sendo hoje a

última sessão que se realiza antes de férias, e, portanto, antes da partida para Angola, a tomar conta da alta missão que lhe foi confiada, do nosso ilustre e querido colega nesta casa do Parlamento, general Sr. Norton de Matos, entendo que não devo deixar de, interpretando o sentimento deste lado da Câmara (Apoiados], e julgando também interpretar o sentimento de todos os lados, da Câmara (Apoiados], dever usar da palavra para dirigir a S. Ex.a as nossas afectuosas despedidas acompanhadas mais uma vez, da manifestação da nossa confiança nas suas altíssimas qualidades, e dos melhores votos, para que a sua missão nessa nossa província ultramarina seja coroada do melhor êxito. (Apoiados).

Sr. Presidente: todos nós sabemos, porque todo o país conhece também, o grande valor do general Sr. Norton de Matos, que, tendo feito a sua carreira e serviços públicos e particulares nas nossas colónias, sempre se distinguiu pelas suas qualidades de inteligência, faculdades de trabalho, acção enérgica, decidida (Apoiados], acção firme, dando-lhe isso direito a ser considerado como tendo sido uni colonial distinto, só pelo que tinha absolutamente jús a ir ocupar o alto lugar em que a República o investiu. Apoiados.

Mas, se muitos eram os títulos e são, que exornam o general Sr. Norton de Matos, e que fizeram dele uma das figuras de maior relevo e prestígio na República, em Portugal, a verdade é que um desses títulos, que mais o impõe à nossa admiração e nossa consideração e respeito, ao nosso reconhecimento, é que, não tendo sido só um partidário ardente e convicto da intervenção de Portugal na guerra, S. Ex.afoi aquele homem que, à frente do respectivo Ministério, exerceu a acção tam valiosa, tam importante, tam grandiosa mesmo, que conseguiu fazer aquilo que, muitos, não menos entusiasmados que S. Ex.a, não menos convictos da necessidade da nossa intervenção, outros não menos conhecedores da situação do nosso país e exército, julgavam ser uma cousa absolutamente impossível.