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Diário da Câmara dos Deputados

Os métodos de trabalho aperfeiçoaram--se, e daqui resultou o barateamento do custo dos manipulados, porque os utensílios de farmácia que em 1919 não chegavam a 9 coutos, elevaram-se em 1920 a 23 contos!

Ora isto que acabo de expor a V. Ex.as fala mais alto do que tudo quanto se diga e escreva.

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£ Que importa que o oficial visado não tenha cartas?

Não é só saber fazer empolas; é preciso saber administrar e isso o provou ele exuberantemente o ano que esteve à testa da Farmácia Central do Exército.

Pelos processos modernos seguidos no ano de 1919 a 1920, os lucros chegaram ao seguinte:

Respigarei ao acaso alguns números; todos eles são eloquentíssimos:

Empolas:

Bicloreto de quinino — fabricaram-se 22:537 manipulados por 2.361056(3).— Preço actual de venda 4.507$40; lucro 2.145083(7)..

Cianeto de mercúrio —12:550 manipulados, custo 155$93(9).—Preço de venda 1.255000; lucro 1.099006(1).

Urotropina—33:750, custo 591037(1)— Preço de venda 5.322^33(9); lucro 4.730096(8J; percentagem 800 por cento.

O mesmo se observou durante 1920 na manipulação de compressas do várias dimensões. Ligaduras de gaze e de pano, pomadas, extractos, lentículas, tinturas, vinhos medicinais, xaropes, etc., oferecendo a manipulação percentagens fabulosas.

Isto são documentos modernos, que trazem a autencidade oficial; tudo isto é verdadeiro.

Chegou-se aqui a invocar a lei-travão. Tem-se invocado tudo. A lei-travão foi para isto invocada, mas não o foi para os 600 contos que aqui se votaram, para festas, nem 3.600$00 os para a pensão que aqui se votou ultimamente.

Sr. Presidente: é preciso que se renda homenagem aos grandes caudilhos que no tempo da propaganda prestaram relevantes serviços à República, e o Sr. Júlio de Sousa em comícios imprescindíveis para a propaganda, mas arriscadíssimos oomo o de Coruche, em que até teve de

comprar terreno à sua própria custa para a propaganda que a monarquia contrariava por todos os modos, sempre pugnou pela República e se nós aqui estamos a ele e a muitos outros o devemos.

(Vários apartes).

Temos mais uma questão de moralidade, pois num suelto da Imprensa de Lisboa, insinua-se que o Director da Farmácia Central se locupletou com azeite.

Isto é horrivelmente calunioso. Estou pronto a esclarecer a Câmara e a própria imprensa, pois conheço perfeitamente a honestidade e até o espírito altruísta que presidiu a esta transacção de azeite que nem pago foi com o dinheiro do Estado, mas só depois de distribuído e com o dinheiro dos consumidores, porque o fornecedor esperou pelo pagamento.

O Sr. Júlio Maria de Sousa, para felicidade dele, é rico e portanto está o coberto de qualquer suspeita.

O Sr. Cunha Leal:—V. Es..B sabe que em Portugal estamos acostumados a chamar ladrões às pessoas honestas, e aos ladrões pessoas honestas.

O Orador:—É preciso que se acabe com esse mau uso.

A questão está esclarecida e eu não irei alargar mais o debate. Verifica-se e prova-se que tem administrado bom, nem valendo fazer obra má, usando de cartas e papelada falsa que nada prova em presença dos documentos autenticados.

Foi aprovada a acta.

Foi concedida urgência para a proposta do Sr. Ministro da Instrução e para o projecto de lei do Sr. Manuel José da Silva.

Foram concedidas as seguintes licenças:

Ao Sr. João Lobo Prezado, 4 dias. Ao Sr. António Dias, 12 dias.

Admissões

A Câmara admitiu à discussão as seguintes proposições de lei:

Propostas de lei