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Diário da Câmara dos Deputados

Matoso Santos foi incontestavelmente uma ias nossas grandes individualidades de incontestável valor, e assim, entendo, esperando que a Câmara o entenderá também, que se deve lançar na acta um voto de profundo pesar pela sua morte.

O Sr. Vitorino Guimarães:—Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome do Partido Republicano Português, me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a pela perda do Sr. Matoso Santos.

Devo, Sr. Presidente, além disto, declarar, em meu nome pessoal, que foi com a mais profunda mágoa que tive conhecimento da sua morte.

Tive, Sr. Presidente, a honra de ter Matoso Santos como meu professor de direito internacional, pelo que tive ocasião de saber quanto valia a sua inteligência e o seu saber.

Mais tarde tive a grande honra de entrar, por convite, na escola de que S.Ex.a era distinto professor, e, como colega, mais se radicou no meu espírito a admiração que eu tinha pelas suas altas qualidades.

Matoso Santos, não obstante a sua avançada idade, era um professor tam dedicado que se manteve na regência da sua cadeira até o ano lectivo findo, em que passou à inactividade, por ter atingido o limite da idade.

Entendo que a Câmara se honra aprovando o voto de sentimento qua acaba • de ser proposto pelo desaparecimento de um dos mais ilustres membros do professorado português, e, por isso, eu, em nome do Partido Republicano Português, a ele me associo inteiramente.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Instrução (Júlio Martins):— Em nome do Governo associo-me ao voto de sentimento que acaba de ser proposto pela Mesa pelo falecimento do Sr. Matoso Santos.

Matoso Santos foi uma individualidade que marcou na vida portuguesa. Foi um aluno distinto da Universidade e pertenceu ;io célebre curso de Daniel de Matos e Urbino do Freitas e outras nctabilidados que afirmaram o seu alto valor na sciên-eia da nossa terra. Discípulo de S. Ex.a

na Escola Politécnica, eu tive ocasião de avaliar de perto todo o valor da sua inteligência e do seu saber. E por isso que magoado profundamente pela notícia da sua morte, me associo comovidamente ao voto que acaba de ser proposto. O orador 7)ão reviu.

O Sr. António Granjo: —Ern nome do Partido Liberal, associo-me ao voto de sentimento pela morte do Sr. Matoso Santos.

O Sr. Orlando Marcai: — Em nome do Partido Popular, associo-me à manifestação de pesar desta Câmara p3lo falecimento do Sr. Matoso Santos.

O Sr. Vasco Borges: — Sr. Presidente; associo-me, em nome do Partido Republicano Dissidente, ao voto de ísentimento que V. Ex.a acaba de propor pelo falecimento do Sr. Matoso Santos.

O Sr. Sá Cardoso:—Em norae do Partido Reconstituinte, associo-mo comovidamente ao voto de sentimento que acaba de ser proposto pela morte do Sr. Matoso Santos.

O Sr. Raul Tamagnini:—Eu sou o único funcionário aduaneiro que faz parte desta Câmara. Nesta qualidade, não podia deixar de me associar ao voto de sentimento que acaba de ser proposto pelo falecimento do Sr. Matoso Santos, lembrando que os serviços aduaneiros em Portugal muito devem a S. Ex.a, que foi o criador do direito aduaneiro no nosso país. Ele foi o inspector geral das alfândegas e, embora compelido pela política a afastar se desse cargo, S. Ex.a nunca deixou de se ocupar desses assuntos com a alta competência que todos lhe reconheciam.

O orador não reviu.