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Sessão de 29 de Abril de 1921

que o azeito' se não venda caro, pois que a maior parte de pessoas que fornecem azeite, fornecimento que é leito clandestinamente, em virtude do tabelamento, não são comerciantes mas sim consumidores do situação especial, que podem meter em suas casas mais mercadorias do que necessitam para o seu gasto?!

Disse, também, eu, na sessão de anteontem que o Sr. Comissário dos Abastecimentos tinha posto no mercado óleo de mcndobi que me disse poder vender a 2$60; mas hoje aqui um amigo meu mo diz, que estão vendendo 6sse azeite a 4$.

í) que eu desejaria era que o Sr. Comissário dos Abastecimentos Afizesse com que se encontrasse azeite no mercado e não ser preciso estar a procurar a influência de políticos para se adquirir um litro de azeite pelo preço que lhe vier à cabeça.

Devo também dizer que nas considerações que fiz com respeito ao comissário dos abastecimentos não me referi a pessoas, mas sim condenei o regime que se adopta de não andar nem deixar andar.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca): —Pedi a palavra para dizer a V. Ex.a que transmitirei ao Sr. Ministro da Agricultura as considerações do ilustre Deputado.

O Sr. Rodrigues Braga:—Pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio para um assunto de importância ; refiro-me ao estado de' abandono em. que se encontra o edifício da repartição de obras públicas, correio e telégrafo do distrito de Braga, no qual já se gastam 50 contos há cinco anos.

Chamo a atenção do Sr. Ministro para este assunto que reputo importante.

Aproveito estar no uso da palavra para chamar também a atenção do mesmo Sr. Ministro para a situação dos cantoneiros que recebem $90 por dia, e que 'são os únicos funcionários que não receberam subvenção alguma pela carestia da vida.

O orador não reviu,

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca):—Pedi a pa-]

encetadas, porque, sendo todas essas despesas pagas por uma rubrica orçamental, ela é tam diminuta que não chega para as obras mais urgentes de Lisboa e Porto.

Emquanto essa verba não for reforçada não é possível remediar o mal que eu reconheço e que V. Ex.a apontou.

Quanto aos cantoneiros, devo dizer que emquanto o Parlamento não votar a proposta sobre estradas a sua situação não poderá melhorar nos termos que eu de-ssjo. /

Só no próximo ano económico espero remediar essa situação.

Tenho dito.

O orador não reviu,

O Sr. Plínio Silva: —Sr. Presidente: entendo que ao Parlamento da República não deve ser indiferente a realização do 1.° Congresso Agrícola que actualmente se está efectuando em Coimbra.

Não só pelos trabalhos, estudos e teses apresentados e suas conclusões, mas ainda pelas altas individualidades que nele estão tornando parte, o Congresso está revestindo uma importância enorme para o nosso rápido ressurgimento.

Lastimo nue não tivessem sido convidados a nele colaborar pelo menos os parlamentares desta Câmara e do Senado que fazem parte das comissões de agricultura, pois tenho "a certeza de que todos da melhor vontade dariam o seu concurso, possivelmente apresentando mesmo alguns trabalhos, sobre os quais seria da maior importância a lavoura nacional se pronunciasse directamente.

Atribuo isto a um laps.o que não admira, pois, avaliando bem o trabalho enorme que os seus organizadores tiveram para o levar a efeito, é muito natural que tal se tivesse dado.

Registo com prazer a afirmação feita no Congresso e em que claramente ficou express.0 o íntimo desejo de estreita cooperação com os poderes constituídos.

Sistema admirável que vem dar-nos a esperança de que todos procuramos unir os nossos esforços, pondo acima de tudo os sagrados interesses da Pátria.