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Sessão de 17 de Maio de 1921

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Já tinha afirmado, e mais tarde afirmou-o por escrito neste projecto, que era necessário ser justo nas despesas.

Gastam-se milhares de contos com o exército, e ele, orador, pregunta a todos os que têm graduações militares se estão convencidos de que os sacrifícios que se fazem, gastando as verbas, correspondem à utilidade dos respectivos organismos militares.

As despesas que se fazem com o Ministério da Guerra é necessário adiá-las para daqui a alguns anos. E o mesmo se dá a respeito doutros Ministérios.

Será necessário gastar tais verbas, mas não é esta a oportunidade.

Elo, orador, disse também que não fazia sentido não respeitar organismos já anteriormente existentes.

Disse também que não concordava com a reorganização das cadeias, e disse até que seria melhor qne c regime das cadeias fosse qualquer cousa útil ao país, quer por trabalhos públicos feitos, quer por outro qualquer modo.

Afirmou também que era necessário dar orientação diferente a vários Ministérios, como, por exemplo, ao Ministério do Comércio.

Entendia, e entende sempre, que o nosso país é pequeno para ter tantos Ministérios.

(j Mas será um crime dizer isto, e será, dizê-lo, um apoucamento das pessoas que o escutam? &E não o terá já dito daquelas bancadas como Deputado ?

Como bem disse o Sr. Cunha Leal, os homens públicos só se dignificam quando não têm quarenta opiniões diversas no mesmo dia.

Eram estas as explicações que tinha de dar à Câmara. Antes de ter a trabalhar a seu lado o actual Sr. Ministro da Agricultura, já ele, orador, havia marcado o seu modo de ver nesta obra de compressão de despesas, em que todos devem andar empenhados. Todos, absolutamente todos, devem facilitar a execução dessa obra. *

Não basta dizer que o Ministro das Finanças tem a responsabilidade por um diploma como ó o Orçamento, que tem simplesmente de vir ao Parlamento fazer o papel de cortar aqui e acolá. E necessário também que o Ministro emita a sua opinião..

Ele, orador, tem trabalhado. Do seu trabalho já alguma cousa de bom tem resultado para o país. Afirma-o sem receio de desmentidos.

Mercê da confiança que tem inspirado o Ministério de que faz parte, têm ingressado algumas quantias nos cofres do Estado.

Quando se dizia que ele, orador, não teria do aumento da circulação fiduciária recursos para além de Maio, pode afirmar que, estaudo em 17 de Maio, ainda há o bastante para viver bem mais tempo do que o calculado.

Se o câmbio não está na divisa 10, não é isso^ devido à situação económica do país. É devido a vários factores.

Ele, orador, tem envidado todos os esforços para não ir à praça comprar cambiais, e às afirmativas feitas pelo Sr. António Granjo deve dizer que isso se deu principalmente no tempo de S. Ex.a

Vai terminar, mas dirá que vamos por mau caminho, pois, - infelizmente, toda a gente pede aumento de despesas, mas ninguém pensa em criar receitas. Pedem--Ihe constantemente aumento de despesas,

U discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã. A ordem do dia é a seguinte:

Antes da ordem do dia: Parecer n.° 679 (alterações do Senado), suspendendo a aplicação do decreto de 24 de Maio do 1919.

Ordem do dia (primeira parte): A de hoje.

Segunda parte: A de hoje.

Está encerrada a sessão. Eram 24 horas e 10 'minutos.

Documentos enviados para a Mesa durante a sessão