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Diário da Câmara dos Deputados

O ardor com que o Sr. Ministro das Finanças nos últimos dias tem propugnado pela causa fiscal, não significa senão que, acima de tudo, acima mesmo dos interesses dos diversos Ministérios, está esta questão magna de arramarmos as nossas contas.

Eu disse hoje que não tardaria que a confiança dos aliados significasse bem ao País com quanto nós podemos contar daqueles que foram nossos companheiros de armas.

Dentro em pouco nós veremos melhorada a nossa situação financeira, pelo motivo do nosso câmbio, pois a baixa do nosso câmbio é em parte originada pela falta de confiança, que resulta de não termos a nossa escrituração em ordem.

Um dos factores para a descida do nosso câmbio tem sido a falta dos orçamentos.

E preciso corrigir esta falta, e o ardor com que o Sr. Ministro das Finanças pretende defender os interesses fiscais não significa senão o seu desejo de satisfazer a alta exigência nacional de concluir a obra do nosso Orçamento., equilibrando-o quanto possível, não só indo buscar à nação os recursos necessários, mas ainda cortando as despesas parasitárias.

4 Quere isto dizer que se comprometam os serviços?

De modo algum, e eu sei que o ilustre Deputado defendeu a causa da Agricultura com os conhecimentos de quem já geriu essa pasta.

Sr. Presidente: o Governo há-de mostrar que, sem prejuízo absolutamente nenhum dos interesses públicos, sem prejuízo de cada um dós Ministérios, da sua organização, das suas funções, sabe fazer todas as reduções que são necessárias, esperando que o Parlamento lhe dê o seu apoio, identificando-se connosco nesta aspiração, que é a aspiração de todo o país.

Desculpe-me V. Ex.a, Sr. Presidente e a Câmara, a explanação que eu fiz na resposta que eu tinha de dar ao ilustre Deputado Sr. Jorge Nunes, resposta que afinal podia ter sido muito simples, sintetizando-se nisto: houve uma divergência entre dois Ministros, que são altos servidores do Estado.

ços, continuando a honrar o seu nome e as bancadas do Poder, onde 3u tenho a honra de os coutar.

Espero que o ilustre Depu;ado se associará a mini nos votos que faço para que em todas as questões que aqui se debaterem as lutas nunca sejam senão estas altas lutas de princípios, de uns porque querem efectivamente a máxima redução de despesas, de outros porque querem o máximo desenvolvimento da economia nacional.

Quando estas lutas são assim, nobilitam aqueles que as travam. Não haja outras, e eu estou muito satisfeitD, tendo a certeza de que o País me acompanhará nesta satisfação.

O discurso será publicado na íntegra quando o orador haja devolvida revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Aboim Inglês : — Sr. Presidente : vim aqui hoje para discutir o orçamento do Ministério da Agricultura.

Depois de ouvir dois discursos do Sr. Presidente do Ministério, em que S. Ex.a nos recomendava a utilidade de votarmos o Orçamento até 30 de Junho, a verdade é que eu noto que perdemos urna noite inteira, sem que ao menos o Sr. Bernar-dino Machado chegasse a responder à pregunta que lhe fez o meu ilustre colega Sr. Jorge Nunes.

O Sr. Jorge Nunes preguntou ao Sr. " Presidente do Ministério se era verdade o que se dizia nos jornais acerca do Sr. Ministro da Agricultura estar demissionário.

Apesar disso, continuamos ssm saber se esse Sr. Ministro está ou n,3,o demissionário, e eu não sei se o Sr. Bernardi-no Machado poderá ou não desfazer qualquer dúvida que eu tenha sobre a forma como foi elaborado o orçamento do Ministério da Agricultura.

O que eu desejaria, Sr. Presidente, é que o Sr. Presidente do Ministério, visto náo estar presente o titular da pasta da Agricultura, me dissesse se. entrando na discussão deste orçamento, S. Es ,a me poderá desfazer umas dúvidas que tenho.