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Sessão de J8 de Maio de J9'J1

via razão para os salários subirem, ôles subiram desmesuradamente.

i Entretanto, não suponham V. Ex.as que as vendas feitas acima do preço da tabela se realizaram às escondidas! Não, foram realizadas com o conhecimento completo das autoridades; estabeleceram-se negociações perfeitamente às. claras e coma liberdade de compra pelo preço a que fosse possível adquirir o género.

jEntão, para que estamos nós a mascarar cousas que conhecemos perfeitamente, para que estamos nós a proteger meia dúzia de exploradores que atrás dos comissários vão requisitar somente aos sons inimigos aquilo que não deviam requisitar? (Apoiados}.

Dê-se a liberdade do comércio aos comerciantes, e então esta verba de 53:000 contos, que aqui está incluída no orçamento para subsistência?, pode períeita-monte desaparecer, e eu creio que é a mais grossa maquia que dele consta.

Sr. Presidente: uma vez esta verba desaparecida, fica-se dentro duma questão que já aqui foi debatida e que creio foi agora causa das divergências havidas no Ministério.

É a questão da comprosssão de despesas.

A compressão, desculpe-me V. Ex.a que eu também fale do passado.

Na compressão das despesas também eu me sinto com uma certa autoridade para- o exigir.

Quando se determinou o Ministério dos Abastecimentos, requeri que não fosse admitido ninguém nesse Ministério.

Eu reclamei isso porque quando o Ministério das Subsistôncias foi organizado contrataram todos os empregados, dizendo que ganhariam mais, mas não poderia requerer entrada nos lugares, e depois com esta brandura dos nossos costumes e com o bom desejo de ser agradável aos amigos políticos, o que muito tem prejudicado a República, e para criar simpatias, esses empregados foram espalhados pelos diferentes Ministérios e principalmente pelo Ministério da Agricultura, dando o resultado que se diz qne esses que entravam para a repartição onde nada faziam podiam ir para outro Ministério, ninguém teve a coragem de dizer a esses senhores que poderiam ser úteis noutros serviços e (j n PI nr»9 fleijeassseru om. pazf

Criou-se uma situação legal e agora não admira portanto que eles se julguem com direitos para por todas as formas, não serem desamparados, e por isso estamos sofrendo a crise que atravessamos.

E possível, é indispensável que as despesas públicas sejam comprimidas ; se não forem, isto não tem razão de ser, de maneira nenhuma sustentar as enormes despesas que constam no orçamento.

Nós não podemos aumentar de maneira nenhuma as contribuições ao ponto de elas cobrirem as exageradas despesas que nós fazemos.

Não se imagine que eu seja apologista dos empregados sorem postos na rua; o que eu desejo é que todos sejam obrigados a cumprir o seu dever.

Estou certo que no fim de cinco anos nós teremos amortizado o excesso de empregados que. estão a cargo do Estado, e não mo preocupa nada a compressão das despesas proposta pelo Sr. Ministro das Finanças.

A proposta do Sr. João Luís Ricardo não está em antagonismo com a proposta do Sr. Ministro das Finanças.

As duas podem-se conjugar, e da conjugação das duas pode resultar a harmonia que pretendemos estabelecer nos serviços públicos. Elas não se contrariam uma à outra, antes uma completa a outra.

Por isso, não me qponhq a votar esta proposta. Simplesmente o que não atinjo é a forma como o Sr. Ministro das Finanças pretende pô-la em execução, mas isso pouco me importa.

Desde que ela represente a compressão das despesas e esteja de harmonia com o que é justo e regular, eu não tenho dúvida em lhe dar o meu voto, como o dou também à proposta apresentada pelo Sr. João Luís Ricardo.

O Sr. Presidente: — Como a hora vai adiantada., talvez fosse melhor S. Ex.afi-^ car com a palavra reservada.

O Orador: — Nesse caso, peço a V. Ex.a que me reserve a palavra.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquiyráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidentes—Está encerrada a