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Biário da Câmara dos Deputados

rais, compensações que levantaram o ânimo de todos nós c nos levaram à convicção do que poderemos contar com o apoio dos nossos companheiros de luta dá Grande Guerra. Tivemos já as maiores compensações morais nas homenagens prestadas pelas nações aliadas ao nosso Soldado Desconhecido; em breve teremos as necessárias, as justas compensações materiais. Para isso é preciso, porém, como já disse, que nos unamos e que não sejamos os primeiros a agravar simples incidentes sem importância.

Lembro, portanto, a todos aqueles que neste iuudonto tam facilmente souberam encontrar desavenças, desavenças aliás honrosas, que o que é necessário é reconciliação, se quisermos realmente resolver os grandes problemas nacionais.

Os homens que aqui estilo sabem bem quais os seus deveres.

Nós não estamos aqui a pensar todos pela mesma cabeça, mas há, sem dúvida, um pensamento comum, que é o pensamento de todos bom servirem o seu País.

Não me parece que se tenha de suspender a discussão porque falta um Ministro.

Se esse Ministro se julga numa situação difícil, por qualquer debate aqui levantado, precisamos facilitar essa situação.

O orador não reviu.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando este restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Jorge Nunes: — Eu fiz um requerimento para que a Câmara suspendesse os seus trabalhos porque vi que dois Ministros só encontram em aberto conflito.

Embora eu tenha muita consideração pelo Sr. Ministro das Finanças, de quem sou velho amigo, não posso admitir que ele estivesse a assistir à discussão do orçamento do Ministério da Agricultura, encontrando-se em conflito com o seu colega daquela pasta.

Eu pedi a suspensão dos trabalhos, mas isse não impedia quo a Câmara discutisse a proposta do Sr. João Luís Ei-cardo. .

Tive conhecimento, pelos jornais, de que o Sr. Ministro da Agricultura tinha abandonado a sua pasta.

Reconheço cm S. Ex.a qualidades de iuteligOncia, e que muitos bois serviços pode prestar à agricultura portuguesa.

O Sr. Presidente do Ministério começou por declarar à Câmara que há uma insensibilidade comum nos políticos, que dalguma maneira irrita, impressiona mal quem não vive ostensivamente na política; só assim poderia explicar o abandono daquela cadeira, e que nós, parlamentares, S. Ex.a e o Governo, com essa insensibilidade, devíamos considerar Gssc facto como uni£i cousa banal.

Sr. Presidente: não vamos tain longe. Quo S. i^x.a procure encobrir a discórdia que vai dentro do' GovGrno, que S. Ex.:l procure adiar uma crise ministerial entende-se, mas que o Inça invocando outras razões.

Perante o facto palpável da existência duma crise latente, poderíanos, como bons patriotas, apresentar uma lista de substituição, indicando os nomes de quem havia de substituir o actual Ministro; mas, Sr. Presidente, a função da apresentação dessa lista não cabe ao Partido Liberal, não mo cabe a mhn, que tenho a honra de pertencer a esse partido; a S. Ex.% com a grave respoasabilidade que assumiu, grave sob todos os pontos de vista, a S. Ex.a é que cabo ponderar bem as suas palavras e atiti dês, e ver se, dentro do Gabinete, encoi.tra aquela unidade que é indispensável neste momento tam grave da política portuguesa. Só assim S. Ex.a poderá dirigir-se com todo o direito e autoridade do Parlamento, a fim de lhe exigir uma colaboração eficaz e permanente, pondo de parte todas as questões partidárias. Em quanto S. Ex.;i não se apresentar com os seus colaboradores, dizendo o que quero, em-quanto não fizer isso, direi a S. Ex.:i que, da minha parto, pelo menos, uào receberá um ataque violento, mas mio poderei dar aplauso às suas palavras que. sobre serem inoportunas, são inconvenientes e não estão bem de harmonia com a "situação actual.

Tenho dito.

O orador não reviu.