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Sessão dê 20 Maio de de 1921

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O Sr. Presidente:—Em vista da reunião do Congresso ter acabado tam tarde; pois são qUási 20 Horas, vou stisjpender a- sessão pára continuar logo às 22 horas.

Eram 19 horas e 55 minutos.

Ais 22 hôraé e 25 minutos o /Sr. Presidente declarou aberta a sessão.

O Sr. Àboim lilglês:— Sr. Presidente: verifico que não está presente riem o Sf. Ministro da Agricultura, nem o Sr. Presidente dó Ministério, não sabendo éU se o Sr. BlSrilàrditto Machado ainda é titular dessa pasta ou se está substituído.

O St. Presidente (interrompendo}: — O Sr. Presidente do Ministério1 está impedido de coíripárécer já nesta Câmara porquê' está assistindo a uni jantar diplomático.

O Orador:—Nestas circunstâncias; peço à qualquer dos Ministros presentes que sé digne transmitir as minhas considerações.

Todos tios sabemos que a criação dei Ministério dá Agricultura érà Um desejo e aspiração do antigo Partido Republicano Português, pois havendo um Ministério db Comércio hão é jnsto qtieiião exista uni Ministério dá AgíicUltUrá, porém1, como ã organização desse Ministério ó deficiente, julgo' que foi iim erro criar uni Ministério tám completo se não havia técnicos* para preenchei* todos os serviços especializados.

Este vicio de organização dea em rè-stiltado c[úé Os jovens engenheiros saídos dás escolas fazem a síiá colocação na província Onde estão realmente fazendo muita falta.

Talvez seja assim Melhor, porque escu-Saih de ir mostrar o descrédito dá organização j porquê não há ninguém que saindo duma escola possa ir deffontâr-se com um lavrador pratico.

Sé ó inteligente, lá sé defende como pode", nias se é iim vulgar, é melhor ficar éni Lisboa para hão fcê inutilizar.

v Sé^ quando foi .Lvádo o Ministério dos Abastecimentos, nos tivéssemos criado uma cousa mais modesta, mais de acordo com os nossos rècursbs, seguramente teria sido riielhor é f)oUcfr a pouco ifiaíhos »riándò pessoal para os lugares.

Temos escolas móveis, práticas e de

selecção de sementes e todas as complicadas instituições, temos tudo e não fazemos nada.

Temos, por exemplo, um capítulo: selecção dó sementes, para o qual há a verba de 80.000$.

^Para que serve isto?

£ Temos nós técnicos para esse serviço ?

Duvido.

^ Estamos no tempo das vacas gordas?

Eu chamo a atenção do Sr. relator para esta verba, pois certamente lhe escapou.

No attigo 8.°j o Sr. relator propôs a supressão de 30.000$.

Não ffie párScò que S. Ex.a tenha razão para querer que está verba seja èli-mittãda.

Estes 30.000$ são necessários, ou temos de modifibar profundamente a nossa organização.

O Sf. Aiiíbal Lúcio de Azevedo:—Veja V. Ex.a coiáo se aplicou essa verba o ano passado.

O Orador: — Ou é necessário, e então àplica-se devidamente; ou não é necessário e corta-se.

No artigo 9.° propõe-se o seguinte:

«Ajudas de custo e despesas de transportes do quadro especial, 60.000$».

Seguramente podem cortar-se 36 contos sem prejuízo do serviço. O artigo 14.° diz:

«Quadro privativo — Dotação deste artigo 227.500$».

Temos uma verba de 227:000$.

Aqui propõe o Sr. relator ama supressão, de 20 contos.

E uma redução em material e outras despesas.