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'Diário Aã Câmara dos Deputados

sã da ordem pública contantemente ameaçada.

Não rosta dúvida que sobre este ponto de vista podemos confiar absolutamente na atitude de S. Ex.a, e bem assim da dos seus colaboradores, entre os quais se encontram pessoas a que me ligam especiais laços de amizade, e aos quais eu dirijo igualmente os meus respeitosos cumprimentos.

Podemos, pois, ter a certeza absoluta de que o'Governo actual está disposto a bem .servir o País, e assim encontrará sempre a minoria católica no seu posto a colaborar com ele, e com toda a lealdacle, e nunca com paixões partidárias.

É esta, Sr. Presidente, a atitude da minoria católica, nesta casa do Parlamento, certa de que o actuai Governo seguirá uma atitude digna para bem da Pátria.

Sr. Presidente: a declaração ministerial refere-se largamente a uni grande plano, e assim a minoria católica aguardará a apresentação das respectivas propostas para as poder estudar convenientemente paia bem dos interesses do País. Peço licença, Sr. Presidente, para me referir muito especialmente a alguns dos pontos que considero da maior importância, quais sejam aqueles a que me vou referir.

Primeiro, o que diz respeito à nossa legislação administrativa, que é a vida do* poder central; o segundo ao alargamento das horas, de trabalho e bem assim à supressão de alguns serviços públicos, para o que necessário se torna que haja coragem e energia.

Devo igualmente fazer referência à declaração ministerial pelo que ,diz respeito à pasta da Justiça e à pasta da Instrução, pois a verdade é que a minoria? católica não pode deixar de reconhecer que pela primeira'vez se faz referência ao problema religioso numa declaração ministerial. A afirmação que se faz é o esboço de unia tendência.

É pouco, todavia não deixo de felicitar o Governo por esse facto.

Essa afirmação, Sr. Presidente, está ainda muito longe das aspirações dos católicos de Portugal!

.Quero, Sr. Presidente, referir-me àquilo que se devia dizer e fazer, no que res-jpeita à restituição dos bens da igreja, que

lhe foram arrancados; quero referir-mo à recente pastoral colectiva dos bispos portugueses, a que na declaração ministerial não se faz referência. Não pode o Governo dizer que esse facto lhe é indiferente, porque ele representa o esforço mais belo que nestes últimos tempos se tem feito pela paz e harmonia da grande família portuguesa, ao mesmo tempo que é, também, um grande exemplo cia mais alta tradição representativa da nossa raça: o episcopado português.

Essa referência impunha-se, tanto mais quanto é certo que por parte dos elementos radicais da maioria se tem procurado ver política nas manifestações religiosas.

Quanto a congregações, é necessário que o Governo determine o que sejam congregações.

Dos antigos congreganistas uns não vivem em Portugal, e outros encontram-:se f!o abrigo das leis vigentes; para novas congregações é necessário demonstrar que há hábitos, que há congregados.

; Em Portugal desafio a quem quer que for que prove que elas existem!

i Iludi-me, Sr. Presidente, existem de facto: no Bom Sucesso, sob a bandeira da Inglaterra, em S. Luís, sob a bandeira da França!

Mas contra estas iião se levanta a maioria desta Câmara; os radicais apenas vão contra os seus concidadãos, coartando--Ihes todas as liberdades de pensamento!

É assim que se compreende que dos grandes radicais do nosso tempo nenhum deles se entre.tem a fazer radicalismo à custa do fenómeno religioso. Quem quiser fazer radicalismo, aqui ou lá fora, faça sistematizações, dispense estudo e trabalho; traga aqui a sistematização dos seus ideais e nós a discutiremos, mas lealmente, é não atirando atoardas aos ouvidos do público.

<_ religioso='religioso' os='os' fenómeno='fenómeno' administração='administração' devidos='devidos' tempos='tempos' porventura='porventura' ao='ao' p='p' insucessos='insucessos' nos='nos' da='da' são='são' pública='pública' últimos='últimos'>

Não.

Foi precisamente pelo desprezo e pela ausência do fenómeno religiosD, que isso se deu.

Além disso, nós precisamos todos de fazer entrar este país num período de ordem.