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Diário da Câmara dos Deputados

Sr. Presidente: o Sr. Vasco Borges, que foi Ministro do Comércio, teve, certamente, conhecimento das pessoas que acompanharam o Sr. Lisboa de Lima como das que já o tinham antecipado na sua viagem ao Rio de Janeiro.

è Porque não providenciou então S. Ex.a?

,; Porque ficamos sempre neste dize tu, direi eu, com desprestígio para todos?

Chegou-se a dizer que o Sr. Lisboa de Lima ato camareiras levara para o Rio de Janeiro, quando o que é certo é que de lá se disse que S. Ex.a tinha levado quem o Ministro'tinha indicado. Até hoje não sabemos se quem levou essas pessoas as levou por seu alvedrio ou segundo quaisquer indicações.

Veio o Sr. Vasco Borges dizer-nos que ó indispensável criar neste país tribunais revolucionários!

(iPara quê, Sr. Presidente?

Não, Sr. Presidente, do que precisamos é que as palavras dos homens correspondam aos seus actos.

Disse o Sr. Vasco Borges que é neces,-sário criar tribunais revolucionários; mas eu pregunto:

Sim, eu pregunto ao Sr. Brederode, actual Ministro do Comércio, <_ que='que' receberam='receberam' foi='foi' de='de' membros='membros' uma='uma' dos='dos' do='do' antecessor='antecessor' essa='essa' sido='sido' caminhos='caminhos' louvor='louvor' suspendeu='suspendeu' não='não' ferro='ferro' _='_' sindicados='sindicados' concluída='concluída' seu='seu' razão='razão' os='os' e='e' administração='administração' é='é' levantada='levantada' o='o' p='p' sindicância='sindicância' razso='razso' ordenando='ordenando' portaria='portaria' tendo='tendo' conselho='conselho' porque='porque'>

A esta pregunta peço que me seja dada uma resposta, quando o puderem fazer'.

Não procuremos, ennodoar tudo e todos. A República ainda felizmente não é conspurcada com a extrema facilidade que muitos supõem. Na sociedade portuguesa ainda se distingue bem o trigo do joio.

Nesta pagodeira do Rio de Janeiro eu estou certo que aquilo a que se chama mais propriamente um acto desonesto, isso, por lá, não deve avultar.

Mas, o que podemos concluir, pelo que ouvimos ainda hoje, é que fomos todos

vítimas duma incompetência máxima, duma negligência absoluta, dum desprezo completo pelos dinheiros e brio nacionais.

Eu tenho de mim para sornigo que aqueles que andaram no Rio de Janeiro durante a maior parte' do tempo empregaram a sua atenção em tudo aquilo que era gozo individual, relegando para segundo plano aquilo que se ligava à nossa representação.

De mrçdo que, Sr. Presidente, concluindo, devo dizer a V. Ex.a que sou daquelas pessoas que, sem propósito oculto, som despeito nem rancores, apreciam desoladas o que se passou no Rio de Jo-neire e aguardam csm serenidade o in-quórito que se faça a todos aqueles que directa ou indirectamente intervieram na nossa representação no Rio de Janeiro ; até lá reservamos os nossos juízos.

Tenho dito.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Fernando Brederode):—Sr. Presidente : pedi a palavra quando o Sr. Vasco Borges apresentou o sou projecto de lei, a fim de declarar qae concordo com ele, quer quanto à extinção do comissariado, quer quanto à abertura dum crédito, quer quanto ao fado de se enviar de Portugal um sindicante.

Respondendo já a algumas, considerações feitas pelo Sr. Jorge Nunes, direi que o comissariado1 tinha autonomia; todas as respousabilídades, pois, da escolha de pessoal incompetente e de pessoas que não deviam ter ido não devem caber ao Sr. Ministro do Comércio, Sr. Vasco Borges, mas sim ao comissário, porque foi ele quem com absoluta liberdade escolheu essas pessoas.