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Sessão de 15 de Dezembro de 1922

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O Sr. Presidente: Sr. Vasco Borges.

Tem a palavra o

O Sr. Vasco Borges: — V/ Ex.a diz-me quanto tempo falia para se encerrar a sessão.

O Sr. Presidente: — Faltam 12 minutos.

O Sr. Vasco Borges: — Como esse espaço de tempo é pequeno para as considerações que tenho a fazer, peço a V. Ex.a quo'me reserve a palavra para a próxima sessão.

O Sr. Presidente: — Fic.i V. Ex.a novamente inscrito.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Ministro do Comércio.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Fernando Berderodo): — Como íaltam poucos minutos para se encerrar a sessão, peço a V. Ex.a me permita que desista por agora da palavra.

O Sr. Presidente:

mente inscrito.

V. Ex.a fica-nova-

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Baptir.ta da Silva : — Como não está presente o Sr. Ministro do Interior, peço a qualquer dos Srs. Ministros presentes o obséquio de transmitir a S. Ex.a as breves comunicações que vou fazer.

Sr. Presidente: a Junta da Freguesia de S. -Cosmo de Gondomar encarregou-me de chamar a atenção do Governo para um caso melindroso, desde há muito la-tante naquela freguesia, e que traz os ânimos e espíritos deveras exaltados.

A Junta da Freguesia de S. Cosme de Gondomar, \rendo a insuficiência do cemitério, tratou do adquirir terreno para o seu alargamento.

O terreno onde fazem o cemitério pertencia ao passal e foi adquirido pelo Estado, e onde se fez o primeiro enterramento ; mas um proprietário que conflua com o terreno, embora não resida na localidade, fez com que fossem suspensos os enterramentos, indo assim contra a deliberação da Junta, de modo que os en-

terramentos se vão fazer fora, o que torna difícil os cuidados o homenagens que são próprios a prestar a pessoas queridas, além do trabalho que dá.

Este facto tem provocado grande indignação no espírito dos habitantes de S. Cosmo de Gondomar, facto que um dia pode vir a explodir e dar-se alteração de ordem. .,

Eu sei que a culpa não é dos t;ibu-nais, e, sem me querer por forma alguma imiscuir na acção dos tribunais, direi que era preciso resolver urgentemente este caso e para elo chamo a atenção do Sr. Ministro do Interior, para que se faça justiça num caso tam melindroso, qne pode resultar a alteração de ordem pública.

O discurso será piLÒlicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Ministro da Guerra (Augusto Freiria):—Tomei nota das considerações do V. Ex.3 e delas darei conta ao Sr. Ministro do Interior.

O Sr. Eugênio Aresta: — Desejava chamar o atenção dor Srs. Ministros do Interior a da Instrução sobre o que- diz o C-orreio da Manhã com respeito a uma roiiuião do «Dente de Ouro» com alguns oficiais presos na Trafaria.

Isto não pode ser; se não estão incomunicáveis e podem receber visitas, todavia não se compreende que tome o carácter de reunião como aquela que se diz que assistiu o «Dente de Ouro» de parça-ria com oficiais.

Eu peço ao Sr. Ministro da Guerra que averigóe para que se possa desmentir esta notícia, para que se não diga que depois desse episódio sangrento se vai 'proceder a uma farça.

Peço, pois, ao Sr. Ministro da Guerra que, se poder, faça desmentir esta notícia.

Sr. Presidente: desejo ainda referir-me ao seguinte:

O concelho de Serpa encontra-se sem subdelegado de saúde, porque o médico municipal que exercia essas funções morreu em princípios de Novembro último.