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Sessão de 19 de Dezembro de 1922.

Do Sr. Dinis de Carvalho, autorizando o Governo a proceder em bases novas1 à classificarão fiscal das repartições de fi-1 nanças dos bairros e concelhos do continente e ilhas adjacentes.

Para a comissão de Jinamas.

Do Sr. Paulo Menano, alterando as disposições do decreto n.° 3:778, de Marco de 1918.

Para a -comissão de legislação ci.vil e comercial.

Do Sr. Francisco Cruz, esclarecendo o decreto n.° 7:823, de 23 de Novembro do 1921, no que respeita a oficiais médicos milicianos.

Para a comissão de guerra.

O Sr. .Presidente: — \rai passar se à ORDEM DO DIA .

Continuação da discussão do projecto de lei n.° 377-C, qne extingue o comissatindo da Exposição do Kio de Janeiro.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Vastío Borges.

O Sr. Vasco Borges: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me ocupar do chamado caso da Exposição do Rio de Janeiro, por a tanto me obrigarem informações produzidas nesta Câmara durante este debate.

Por muito que sejam para estranhar essas afirmações, o certo é que eu cheguei a ter a impressão de que no caso há mais um réu ou pelo menos um culpado e que esse sou eu. Efectivamente, já o meu querido amigo e ilustre Deputado Sr. Jorge Nunes me tinha censurado.

Ao Sr. Jorge Nunes tive o e°nsejo de responder por modo a convencer-me de que as minhas explicações haviam satisfeito S. Ex.a e a Câmara.

Mas, Sr. - Presidente, depois disso, na sessão de quinta-feira, se não estou em erro, já não foram apenas censuras ; sofri um verdadeiro ataque feito pelo Sr. Alberto Xavier.

De facto, ôste ilustre Deputado atacou--me em condições tais, que as suas palavras quási -me magoaram, pois S. Ex.a chegou a afirmar que eu prejudicara a República com a minha,, orientação,, es-

tranhando em seguida que eu tivesse trazido e lido à Câmara determinados documentos.

Sr. Presidente: quedando-me, cintes que vá mais longe, no exame do ataque que me foi dirigido pelo Sr. Alberto Xa-xier, e prestando homenagem ao extremo republicanismo de S. Ex.a, à sinceridade das suas considerações, à sua dedicação, invariavelmente afirmada, pelo regime, persuado-me de que, pelo que respeita a prejuízos, que eu haja produzido à República, eu e S. Ex.a estamos ou devemos estar de acordo, no sentido de se reconhecer que'de modo algum prejudiquei a República.

Sr. Presidente: eu não compreendo que factos da natureza dos que tratei aqui se devam ocultar e estou certo de que S. Ex.a também assim o entendera, não podendo compreender que ao regime possam advir quaisquer vantagens de se ocultarem factos desta natureza. Penso que a República é um regime que, devendo alicerçar-se na verdade, de harmonia com essa mesma verdade deverá proceder-se sempre em termos de em qualquer momento o regime ou os homens que o representam poderem afirmar qual ela é. Estou convencido de que só assim a República se dignificará, t>ejam quais forem os factos cometidos por aqueles que bem ou mal a servem.

Desde que os homens públicos ponham acima de tudo a verdade, a República impor-se há à consideração e ao respeito de todos que vivem sob a sua égide.

Censurou-me o Sr. Alberto Xavier por eu ter lido aqui na Câmara determinados documentos.

Sr. Presidente: é certo que assim fiz e toda á Câmara o sabe, e se o não soubesse eu seria incapaz de negá-lo. Creio, porém, que não incorri em qualquer falta. Em primeiro lugar, uma parte dos documentos que nessa sessão li à Câmara já era do seu conhecimento, porque do meu lugar de Ministro eu lhos comunicara já; em segundo lugar, se outra parte houve que só nessa sessão e como Deputado lhe li, <_ que='que' de='de' e='e' pertencessem='pertencessem' do='do' porventura='porventura' ao='ao' comércio='comércio' p='p' documentos='documentos' tratava-se='tratava-se' ministério='ministério' exclusiva='exclusiva' _='_' absolutamente='absolutamente'>