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Sessão de 20 de Dezembro de 1922

Borges pediu que a sessão só prorrogasse até qne o projecto frsse votado na generalidade e na especialidade!

Em nome deste lado da Câmara, mostrei a incoerência que revelava a aprovação de tal requerimento depois de todos reconhecerem, a necessidade de uma resposta às p-reguntas formuladas, salientando também que nada se lucraria com a votação urgente aqui. visto que não seria possível obtê-la no Senado, antes das férias parlamentares, dado o jogo de foot-bali em que as propostas e os projectos ali estHo sendo empregados agora, segundo o novo Regimento das secções para as comissões, das comissões para as secções, das secções para as sessões, quando por motivo do emendas, não voltem às secções, às comissões e por fim do novo às sessões!. ..

O requerimento foi votado, é certo.

Mas tamanha era a razão que tínhamos, que o entusiasmo e a pressa dos membros da maioria foi afrouxando, e a pouco e pouco abandonaram a Câmara, originando a falta de número, que uma hora depois, provocou o encerramento da sessão.

Não quiseram dar o braço a torcer.

Entendem que melhor lhes ficam o fac-ciosismo e a intolerância!

Apoiados.

Foi deste lado da Câmara que se ergueu o primeiro grito de alarme, acerca do que se estava passando relativamente à representação de Portugal, na Exposição Internacional do Rio de Janeiro.

O meu ilustre amigo Sr. Carvalho da Silva, notabilíssimo parlamentar, e eu, logo nas primeiras sessões, em Fevereiro ou Março, chamámos a atenção do Governo para o que se dizia sobre os actos do comissariado, om matéria de publicidade e das reparações do Pedro Nunes, e pessoas kque se propunham seguir viagem.

Por sinal que o ilustre Deputado Sr. Nuno Simões, cuja ausência por motivo de doença lastimo, se indignou, aqui e no seu jornal, com os nossos reparos e receios, classificando-os do injustos.

Resolvemos colocarmo-nos na especta-tiva, e aguardar os acontecimentos, porque realmente, as qualidades de inteligência e de isenção que o Sr. Nuno Simões tem revelado, tornavam-no merecedor do nosso crédito.

Pois, Sr. Presidente, foi o mesmo Sr. Nuno Simões que mais tarde, aqui e no seu jornal, secundou o nosso grito "de alarme, com sinceridade que o nobilitai

O que aconteceu foi, pois, acertada-mente previsto por nós.

Nem admira.

Bastavam os precedentes.

E em tais condições, não podia o Governo desculpar-se sequer com falta de aviso.

Ás culpas directas do Ministro do Comércio, tornou-as o Sr. António Maria da Silva, para si, declarando aqui, quando se pretendia expulsar do seu Governo alguns dos Ministros, que, como responsável pela política geral do gabinete, com todos era solidário.

E, por assim o entender e porque realmente assim é, pediu a demissão colectiva do Governo, em vez de apenas o recompor.

Já o meu ilustre correligionário Sr. Morais de Carvalho, demonstrou também a responsabilidade directa do Governo pelos actos do comissariado, em virtude do que dispõem os artigos 4.° e 5.° da lei n.° 1:233, que o instituía, determinando que todas as verbas destinadas aos • vencimentos, despesas do representação e ajuda de cus-ío, serão determinadas em Conselho de Ministros e fixadas em portaria, e que o pessoal será nomeado pelo Governo sob proposta do comissariado geral.

Apoiados.

^Foram cumpridas estas disposições? Não pode o Governo alijar a sua responsabilidade directa. <_ p='p' a='a' cumpridas='cumpridas' foram='foram' responsabilidade.='responsabilidade.' é='é' não='não' dupla='dupla' sua='sua'>

Quando aqui me ocupei da caverna dos Transportes Marítimos, disse que não «tinha dúvida em afirmar que o arresto de navios pertencentes ao Estado Português constitui um vexame e um atentado contra o nosso prestígio e contra o respeito devido à soberania de Portugal», e • acrescentei que nos assistia o direito de nos indignarmos contra os culpados de tamanha indignidade, j Arrestar, hipotecar, empenhar a propriedade do Estado, é arrestar, hipotecar, empenhar a sua honra!

;Pois bem. Sr. Presidente!

í j Veio agora à Câmara a revelação de

que os pavilhões portugueses, no Rio de

Janeiro foram hipotecados à garantia de

1:000 contos, que um Banco patriótica-