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Sessão de 28 de Fevereiro de 1923
membros da comissão, que poderiam colher os necessários elementos e dados estatísticos que pudessem concorrer para um completo escudo, seria qualquer cousa de muito menos discutível, e, com toda a sinceridade, os Deputados podiam apreciar como resultado dum trabalho imparcial, sem a chancela do Govêrno. Êsse trabalho não pertencia já nem ao Govêrno, nem ao Ministro das Finanças, e daí resultava que os ataques possíveis não seriam feitos ao Poder Executivo, mas a um parecer que, na essência, era elaborado pela própria Câmara que o discutia, afastando-se assim toda a espécie de especulação política que à volta da proposta ministerial habitualmente se faz, arbitrando-se-lhe toda a sorte de malefícios, de inconveniências e até mesmo de propósitos de não dizer a verdade. Todos êsses ataques caiam automàticamente se houvesse um parecer geral sôbre o Orçamento,
O Sr. Presidente: — E a hora de se passar à segunda parte da ordem do dia.
V. Ex.ª conclui as suas considerações ou deseja ficar com a palavra reservada para a próxima sessão?
O Orador: — Peço a V. Ex.ª que me reserve a palavra para na próxima sessão concluir as minhas considerações, designadamente para responder a algumas afirmações do Sr. Carvalho da Silva sôbre o assunto, que S. Ex.ª mostrou não conhecer, mas sôbre as quais é preciso que a Câmara fique claramente elucidada.
É lida a seguinte
Nota de interpelação
Desejo interpelar o Sr. Ministro das Colónias sôbre o modus vivendi que o primeiro Ministro da União Sul Africana anunciou ao Parlamento do Cabo ter sido fechado entre o Govêrno da União e o Govêrno Português. — Álvaro de Castro.
Expeça-se.
O Sr. Presidente: Vai passar-se à segunda parte da ordem do dia, prosseguindo a discussão do parecer n.º 302.
Continua no uso da palavra o Sr. Ferreira de Mira.
O Sr. Ferreira de Mira: — Sr. Presidente: peço a V. Ex.ª a fineza de me dizer quanto tempo tenho para falar.
O Sr. Presidente: — Não temos hoje luz eléctrica, de modo que a sessão durará emquanto houver claridade suficiente.
O Orador: — Eu obedecerei às indicações de V. Ex.ª; mas, realmente, podemos ter luz por, um quarto de hora e é-me inteiramente impossível resumir as minhas considerações.
Não ganho eu em fazê-las, nem ganha a Câmara em estar a ouvi-las em retalhos de um quarto de hora.
Se, por conseqüência, V. Ex.ª entende que é' um trabalho inútil eu falar e a Câmara ouvir-me, êste quarto de hora, V. Ex.ª reserva-me a palavra para amanhã. Se V. Ex.ª o não entende, principio as minhas considerações, devendo repeti-las amanhã.
O Sr. Presidente: — Fica então V. Ex.ª com a palavra reservada para amanhã.
Antes de se encerrar a sessão
O Sr. Sousa da Câmara: — Sr. Presidente: peço a V. Ex.ª a fineza de comunicar ao Sr. Ministro da Agricultura que desejava interrogá-lo amanhã visto que há três dias que peço a palavra para quando S. Ex.ª estiver presente, e S. Ex.ª não vem.
E, de resto, meu intuito fazer-lhe algumas preguntas sôbre um assunto que já tive até a franqueza de lhe dizer de que consta.
Trata-se da notícia do adiamento da proposta que alterava temporàriamente o regime cerealífero e de um plano que hoje apareceu anunciado nos jornais e que creio vai ser amanhã publicado no Diário do Govêrno.
Peço, portanto, a V. Ex.ª o obséquio de procurar conseguir que o Sr. Ministro compareça à sessão de amanhã.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã ás 14 horas com a seguinte ordem dos trabalhos:
Antes da ordem do dia: A que estava marcada, menos o parecer n.º 400.