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Sessão de 20 de Abril de 1923
Antes de se encerrar a sessão
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Chamo a atenção do Sr. Ministro do Comércio para o facto de me não terem sido enviados documentos que pedi há muitos meses, relativos à viagem presidencial e aos fornecimentos ao vapor Pôrto, bem como à Exposição do Rio de Janeiro.
Êstes documentos foram pedidos há muitos meses.
Outro pedido: desejava que V. Ex.ª me autorizasse a ir ao seu Ministério, ou repartições dependentes, consultar vários documentos.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Vaz Guedes): — Os documentos que V. Ex.ª pediu serão satisfeitos com urgência.
Darei indicações no meu Ministério para V. Ex.ª poder consultar os documentos que deseja.
O Sr. António Correia: — Desejo chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio para o facto de o Alentejo estar pessimamente servido de comboio, comboio êste, Sr. Presidente, que é de mercadorias, mas que leva também carruagens para passageiros, o qual, quando segue à tabela, pode fàcilmente ter ligação com o rápido que chega ao Entroncamento pelas 9 horas e 32 minutos.
Tratava-se, Sr. Presidente, de mais a mais, duma pessoa de alta representação social, um magistrado de Lisboa, pelo que necessário se torna que o Sr. Ministro do Comércio peça providências à Companhia, a fim de que êstes casos se não repitam.
Se bem que se tratasse, repito, duma pessoa de alta representação social, conforme já tive ocasião de dizer à Câmara, que se encontrava bastante mal, e se bem que êsse comboio pudesse fàcilmente chegar ao Entroncamento muito antes da chegada do rápido, o chefe da estação não fez caso algum do que se passava, conforme já disse à Câmara, pelo que êsse indivíduo se viu obrigado a ficar no Entroncamento, só podendo seguir para Lisboa no comboio da manhã, que chega aqui às 7 horas, tempo mais que suficiente para se morrer, caso êle se encontrasse nessas condições.
Êstes factos, Sr. Presidente, são deveras para lamentar, tanto mais quanto é certo que tudo se podia fazer em favor da pessoa que se encontrava doente, e sem prejuízo absolutamente algum para o serviço.
O procedimento do chefe da estação, mandando seguir os comboios, é deveras para lamentar, pois a verdade é que o que se vê é que não há a mais levo consideração pelos passageiros.
Para êstes factos, pois, eu chamo a especial atenção do Sr. Ministro do Comércio, esperando que S. Ex.ª tome as providências que o caso requere, a fim de que se não repitam para o futuro.
Espero, pois, que o Sr. Ministro do Comércio tome as necessárias providências, tanto mais quanto é certo que já foi apresentada uma representação assinada por vários passageiros que seguiam no mesmo comboio, e que presenciaram os factos como êles se passaram, e que são como eu os acabo de expor à Câmara.
Tenho dito.
O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Vaz Guedes): — Respondendo ao ilustre Deputado que acaba de se me dirigir, devo declarar que vou tratar do assunto junto da Companhia dos Caminhos de Ferro, que, estou certo, não deixará de proceder contra o empregado que tenha procedido mal.
O Sr. Presidente: — A próxima sessão é na têrça-feira, à hora regimental, com a seguinte ordem do dia:
Antes da ordem do dia (com prejuízo dos oradores que se inscreveram):
Interpelação do Sr. Sousa da Câmara ao Sr. Ministro da Agricultura.
(Sem prejuízo dos oradores que se inscreveram):
A de hoje.
Ordem do dia:
A de hoje, menos o parecer n.º 425, e mais, no último lugar, o parecer n.º 385, que autoriza o Govêrno a preencher as