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Diário da Câmara dos Deputados
é no sentido de que a proposta vá à respectiva comissão.
Tenho dito.
O orador não reviu.
Q Sr. Pires Monteiro: — Sr. Presidente: a proposta do Sr. António da Fonseca merece todo o meu aplauso. É a consequência da maneira nobre e levantada como foi discutido o orçamento do Ministério da Guerra.
Em aditamento, o Sr. António Maia propõe que sejam suspensas as promoções até que a comissão parlamentar, indicada na proposta do Sr. António da Fonseca, apresente os seus trabalhos sôbre o importante problema da defeza nacional.
Salvo o devido respeito que tenho por S. Ex.ª, a quem muito admiro pelas suas qualidades de inteligência e de patriotismo e pela sua fé nos destinos da Pátria, eu julgo, que o aditamento de S. Ex.ª tinha melhor cabimento na altura de se tratar do projecto do Sr. Tôrres Garcia.
A Câmara resolveu submeter êsse projecto ao estudo da comissão do Orçamento e eu, se quisesse protelar esta questão, imediatamente mostraria perante ela a sua incompetência para apreciar êste assunto. Mas eu tenho desejo de que êste projecto seja discutido na próxima sessão.
O Sr. Almeida Ribeiro, num àparte, disse que o projecto devia ser discutido após o Orçamento.
Dou o meu voto ao alvitre de S. Ex.ª, que tem muita importância por ser leader do Partido Democrático.
O Sr. António Maia: — Se V. Ex.ª apresentar um requerimento nesse sentido será rejeitado da mesma maneira.
O Orador: — Temos o compromisso do Sr. Almeida Ribeiro.
Temos que fazer medidas de uma política financeira militar.
Não quero empanar o brilho do Sr. António da Fonseca, mas poderia insistir pelo seu aditamento e evitar a aprovação da Câmara.
O Sr. Vicente Ferreira: — Sr. Presidente: mais uma vez devo falar em assuntos militares, depois de terem falado os mais distintos oficiais do exército que nesta Câmara têm assento.
Também falaram sôbre o assunto, com proficiência, alguns Srs. Deputados, sôbre a proposta do Sr. António da Fonseca, que não podia deixar de merecer da parte da minoria nacionalista o mais decidido apoio.
Apoiados.
A comissão parlamentar de defesa nacional não pode de nenhuma forma interferir nas promoções do estado maior do exército.
Apoiados.
Não vale a pena — encarecer a parte da doutrina consignada na proposta do Sr. António da Fonseca. Apenas me limitarei a pôr em relevo que ela vai fazer interferir directamente a nação no problema militar.
Pela situação económica e financeira do país, bastava só isto para que eu e toda a Câmara votássemos incondicionalmente a proposta do Sr. António Fonseca.
A proposta de S. Ex.ª aparece num momento em que a maior parte dos Deputados nacionalistas não está presente, e o que é certo é que essa proposta necessita ser estudada.
Há problemas, e desculpe-me o Sr. António Maia dizê-lo, que não podem ser resolvidos como cargas de cavalaria, que são muito brilhantes, mas que nem sempre levam à melhor solução.
Há, é certo, a necessidade de deminuir o quadro dos oficiais do exército e eu tive ontem a honra de ler à Câmara alguns números que provam a necessidade que há de, com urgência, fazer alguma cousa; mas nessa ocasião eu disse que havia toda a conveniência em utilizar com melhor proveito a actividade dêsses homens.
Posso dizer à Câmara que a doutrina da redacção merece o apoio do meu partido.
Pela minha parte é isso indiferente. E não podem dizer que falo pró domo mea. Eu já não posso aspirar a ser promovido a cousa alguma, a não ser à morte.
Risos.
Não foram as considerações do Sr. Cardoso que me levaram a querer que não seja já aprovada a proposta do Sr. António Maia, mas porque julgo que essa proposta não resolve o problema.
Essa proposta suspende as promoções, mas permite que continuem as er promo-