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Diário da Câmara dos Deputados
afazeres, ainda aqui não veio, peço a V. Ex.ª que faca sentir a S. Ex.ª a necessidade que eu tenho da sua presença, para tratar de um assunto da mais alta importância para o País e para a região que aqui represento.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Sá Cardoso: — Sr. Presidente: as palavras que o Sr. João Camoesas proferia obrigam-me a usar da palavra.
Referiu-se S. Ex.ª com expressões de saudade, àqueles que, em 7 de Dezembro, baquearam na defesa da legalidade constitucional.
Coube-me a, honra de ser o comandante das fôrças que se bateram em defesa dessa constitucionalidade e do Govêrno de então.
Mal me ficaria, por isso, se aqui não juntasse as minhas palavras de saudade lis quê proferiu o Sr. João Camoesas, associando-me a elas.
Mas tinha em especial o dever de o fazer, porque tive debaixo das minhas ordens os soldados da República, que pela República se bateram e morreram, e me acompanharam durante a jornada trágica do Terreiro do Paço até o Rato.
A memória dêsses que morreram eu rendo a minha maior homenagem, fazendo vetos para que na nossa terra não seja possível um novo atentado como o de 5 de Dezembro.
Tenho dito.
Vozes: — Muito bem! Muito bem!
O orador não reviu.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr. Presidente: sem preocupações de ordem política de qualquer natureza, devo dizer a V. Ex.ª quê nos associamos a todos os votos de saudade à memória daqueles que combateram pelo seu ideal, sejam quais forem as suas convicções.
Evidentemente que nesta saudação não podemos deixar de incluir expressamente o Presidente Dr. Sidónio Pais, que foi uma das vítimas do próprio movimento que levantou.
O Sr. presidente do Ministério e Ministro do Interior (Ginestal Machado): — Sr. Presidente: pedi a palavra para em nome do Govêrno dizer a V. Ex.ª e à Câmara que lamento que na data que recordou o ilustre Deputado Sr. João Camoesas mais uma vez em Portugal, sobretudo nesta cidade de Lisboa, com tantas tradições, muitas delas gloriosíssimas, morressem portugueses, batendo-se por ideais. Fossem êstes quais fossem, eram sempre ideais e, portanto, respeitáveis.
Em nome do Govêrno da República não posso deixar de me associar à homenagem de saudade proposta pelo Sr. João Camoesas e a que se associaram os vários lados da Câmara.
Apoiados.
Tenho dito.
O orador não reviu. __
O Sr. Presidente: — Em vista da manifestação da Câmara, considero aprovado o voto de sentimento pelas vítimas do movimento de 5 de Dezembro.
A próxima sessão é na segunda-feira, à hora regimental, com a seguinte ordem de trabalhos:
Antes da ordem do dia:
A de hoje.
Ordem do dia:
Projecto de lei n.º 617-B, que autoriza o Govêrno a proceder à alienação dos navios que constituem a frota marítima do Estado.
Parecer n.º 544, que aprova para ratificação o Protocolo assinado em Londres, sôbre a modificação do artigo 5.º da Convenção Internacional sôbre navegação aérea.
Está encerrada a sessão.
Eram 19 horas e 25 minutos.
Documentos enviados para durante a sessão
Projectos de lei
Do Sr. Agatão Lança, aplicando a alínea d) do artigo 6.º da lei n.º 1:170 aos militares, em indicadas condições.
Aprovada a urgência.
Para a comissão de guerra.
Para o «Diário do Govêrno».
Do Sr. Plínio Silva, revogando o decreto n.º 8:924, publicado em 18 de Ju-