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26 Diário da Câmara dos Deputados

sei se é um poema, se uma pastoral ou um manifesto.

Li-o no Século, e fui ver se êle vinha publicado noutros jornais, e efectivamente encontrei-o em todos.

Não devia ter custado menos, de uma dezena de pontos esta publicação em todas as folhas.

Presto as minhas homenagens às boas intenções do Sr. comissário, mus, reconhecendo a inutilidade da pastoral, lastimo que ela nem sequer em algumas passagens tenha gramática. Porque não acabamos nós com o Comissariado dos Abastecimentos?

O Sr. Sá Pereira: — Não apoiado.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando nestes termos restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro): — Sr. Presidente: ouvi com toda a atenção as considerações que acaba de fazer o Sr. Portugal Durão.

Devo dizer a S. Exa. que a publicação no manifesto do Sr. comissário dos abastecimentos me penalizou profundamente. Reconheço que o Sr. comissário dos abastecimentos é uma pessoa cheia de boa vontade e animada dos melhores propósitos de fazer alguma cousa neste país em que ninguém quere fazer nada. Sei, porém, que a publicação do referido manifesto obedeceu a um louvável propósito de propaganda. Mas, sendo, como muito bem disse o Sr. Portugal Durão, tais processos duma palpável inutilidade, eu apressei-me a comunicar ao Sr. comissário dos abastecimentos que não estava disposto a permitir a publicação de novos manifestos.

Quando entrei para a pasta da Agricultura não me encontrava bom impressionado a respeito da acção do Comissariado Geral dos Abastecimentos, Tive, porém, de constatar que ela não era, em muitos casos, inteiramente inútil. Em todo o caso eu julgo que não é por intermédio dêsse organismo que podemos resolver dalguma maneira o problema. Creio que a sua solução está na criação das cooperativas (Apoiados), e nesse sentido tenciono apresentar à Câmara dentro em breve uma proposta de lei,

A venda diária de géneros do Comissariado dos Abastecimentos, superior a 200 contos, prova que, pelo menos, um têrço da população de Lisboa se aproveita dele. Pena é que muita gente, que se queixa da carestia 4a vida, não se forneça dos armazéns do Comissariado,

Vozes: — Creia V. Exa. que muita gente não pode.

O Orador: — Com respeito à questão do pão, devo dizer que o respectivo decreto deve sair amanhã.

Obriga a que todo e pão que saia das padarias seja pesado; desde que o padeiro saia para a venda com o pão mal posado sujeita-se a perder todo o pão quando algum freguês o obrigue a pesar e não seja encontrado o pêso.

É possível que a fórmula adoptada não dê resultados, mas a experiência é apenas de dois meses, porque entretanto há-de aqui aprovar-se a proposta sôbre pão.

Estou convencido de que tenho razão.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã, com a seguinte ordem de trabalhos:

Antes da ordem do dia (com prejuízo dos oradores que se inscrevam):

A de hoje e parecer n.° 654 que concede ao cidadão Francisco de Sousa Magalhães o direito de construção e exploração dum caminho de ferro que, partindo da Póvoa do Varzim, vá terminar próximo da actual estação do caminho de ferro de Braga.

(Sem prejuízo dos oradores que se inscrevam):

A de hoje.

Ordem do dia:

A de hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram 20 horas.

Documentos mandados para a Mesa durante a sessão

Pareceres

Da comissão de finanças, sôbre o n.° 657-A que actualiza as receitas prove-