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6 Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Presidente: — Proponho que seja lançado na acta um voto de pesar pelo falecimento dos Srs.:

Henrique Vieira de Vasconcelos, antigo Deputado; -Zeferino Cândido Falcão Pacheco, antigo Presidente da Câmara; José Nunes da Ponte, antigo Presidente da Câmara; António Carlos Coelho de Vasconcelos Pôrto, antigo Deputado; David José Alves, antigo Deputado; Luís Filipe da Mata, antigo Senador, e Fernão Boto Machado, antigo Deputado.

O Sr. Almeida Ribeiro: — Sr. Presidente: Acaba V. Exa. de propor um voto de sentimento pela perda de alguns antigos parlamentares.

Permita me V. Exa. que, em meu nome pessoal, me associe a êsse voto, e entre os falecidos destaque dois nomes que desejo fixar, chamando a atenção da Câmara para eles: os dos Srs. Henrique de Vasconcelos e Luís Filipe da Mata.

A Luís Filipe da Mata, figura de verdadeiro republicano, o regime deve-lhe serviços incontestáveis. Dedicou-se à propaganda dele, trabalhou com denodo e ardor.

Apoiados.

Depois de implantado o regime, Luís Filipe da Mata manteve a mesma independência de carácter.

Fez parte do Directório do Partido Republicano, sendo secretário durante algum tempo. Nesse lugar foi dos mais estrénuos defensores da República.

Nos primeiros e difíceis tempos das novas instituições, Luís Filipe da Mata teve uma acção verdadeiramente notável.

O Sr. Henrique de Vasconcelos foi um dedicado republicano, um jornalista ilustre, que defendeu apaixonadamente os ideais democráticos e teve uma acção notável como parlamentar.

Apoiados.

Mais tarde, funcionário superior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, proporcionou-se-lhe ali ensejo de afirmar a sua elevada inteligência e a sua cultura.

Por isso, com verdadeiro sentimento, associo-me ao voto proposto por V. Exa.

Vozes: — Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar ao voto
de sentimento proposto por V. Exa. pelo falecimento de alguns antigos e ilustres parlamentares.

Entre êles figuram dois nomes de individualidades que não saíram das fileiras republicanas, mas que, tendo feito parte desta Câmara, depois de implantada a República, prestaram serviços relevantes ao País. Um deles é o do Sr. Dr. Zeferino Falcão, médico-distinto, que foi Presidente da Câmara dos Deputados.

O Sr. Dr. Nunes da Ponte foi um velho combatente da República nos tempos da propaganda. Exerceu também o lugar de Presidente desta Câmara.

Luís Filipe da Mata e Fernão Boto Machado são duas outras figuras da República dos tempos difíceis da propaganda. Devemos-lhes todas as homenagens. A Luís Filipe da Maia, velho combatente, nosso companheiro nas Constituintes, é devedora a República de grandes serviços. Da mesma forma, Fernão Boto Machado, desde os tempos da propaganda, deu à República todo o esfôrço do seu talento.

Reservei para o fim o nome do Sr. Henrique de Vasconcelos. Entrou nas fileiras republicanas depois de proclamada a República; decorrido, porém, breve tempo era considerado como um velho correligionário nosso tal a fé que o animava, tal a sua lealdade e a maneira dedicada como colaborava com os Ministros e punha ao seu dispor o seu brilhante talento.

Apoiados.

Prestou notáveis serviços à República, quer escrevendo, quer falando, quer fazendo parte de várias comissões, de que o incumbiram, e tornando-se assim credor do respeito de todos os republicanos.

O orador não reviu.

O Sr. Morais Carvalho: — Sr. Presidente: perante a morte todas as bandeiras se abatem, todas as irritabilidades se desfazem, todos os excessos de paixões se esfumam e desaparecem.

E sentidamente que, em nome da minoria monárquica, me associo ao voto proposto por V. Exa. pelo pensamento de antigos parlamentares, alguns republicanos e outros do credo político que eu tenho a honra de representar nesta Câmara, mas creio que nem V. Exa. nem nin-