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Sessão de 4 de Novembro de 1924 7

guém achará estranho que eu faça uma referência especial a Vasconcelos Pôrto.

Para falar de Vasconcelos Pôrto com justiça e elogio — que justiça também é — não era necessário que a morte sé tivesse interposto entre êle e os seus adversários, porque o seu aprumo físico, que tam bem se casava com o seu aprumo moral, não se lhes impunha menos.

Em nome da minoria monárquica, repito, associo-me ao voto de sentimento que V. Exa. propôs pela morte de Vasconcelos Pôrto e de outros antigos parlamentares.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: entre as individualidades citadas por V. Exa., peço licença para destacar o nome do antigo Deputado Sr. Henrique de Vasconcelos, representante que foi do círculo que hoje tenho a honra de representar neste Parlamento. Em meu nome e no do Sr. Viria to da Fonseca, associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

Não são meras palavras de louvor as que eu profiro, mas palavras de justiça, porque Henrique de Vasconcelos foi um escritor distintíssimo, o qual, na sua bela obra O sangue das rosas, acusa a influência danunziana. Meu parente ainda, por êste motivo e pelos que enumerei me associo ao voto proposto por V. Exa.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: êste lado da Câmara associar-se ao voto proposto por V. Exa.

Entre os mortos mencionados há dois antigos Presidentes desta Câmara e republicanos que, sob todos os pontos de vista, merecem a nossa gratidão e respeito.

À proposta de V. Exa. associo-me mais com o coração do que com palavras.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Lino Neto: — Em nome da minoria católica, associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Exa., pedindo licença para destacar os nomes dos ilustres parlamentares Srs. Nunes da Ponte, Zeferino Falcão e Vasconcelos Pôrto, dois
republicanos e um monárquico, mas todos três, unidos na mesma fé religiosa, nela morreram.

Para a sua memória vão as minhas homenagens.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Constâncio de Oliveira: — Sr. Presidente: como companheiro de Filipe da Mata e Boto Machado, associo-me com pesar ao voto proposto por V. Exa., porque ambos foram dois valorosos cabouqueiros da República.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Pereira: — Sr. Presidente: Associo-me, em meu nome pessoal e no dêste lado da Câmara, ao voto proposto pelo falecimento de antigos parlamentares; a todos presto a minha homenagem e peço licença para destacar o nome de Henrique de Vasconcelos, nosso antigo colega.

S. Exa. exerceu brilhantemente o seu lugar no Ministério dós Negócios Estrangeiros.

Henrique de Vasconcelos pertenceu aos homens que vieram da monarquia para a República, mas é justo dizer-se que serviu a República com a mesma lealdade com que a têm servido aqueles que nunca tiveram outro credo político, que nunca tiveram outras ideas.

Henrique de Vasconcelos impôs-se sempre pela sua inteligência e pelo seu carácter, e por isso mereceu a consideração e estima de todos.

Outro morto cujo nome desejo destacar, um velho republicano de sempre, foi Nunes da Ponte, que na propaganda contra a monarquia, na capital do norte, foi duma admirável dedicação.

O nome de Nunes da Ponte impôs-se sempre à nossa veneração e neste momento não podemos deixar do nos curvar perante a memória do austero republicano.

Outro grande vulto foi Luís Filipe da Mata, também republicano toda a sua vida.

Se aqui estivesse, sentar-se ia ao meu lado, pois estaria na extrema esquerda. Filipe da Mata pertenceu à Câmara Municipal em 1908, isto é, antes da proclamação da República, e prestou grandes serviços à cidade de Lisboa (Apoiados), e também na Assistência, de que foi pro-