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22 Diário da Câmara aos Deputados

vêrno, quer o Sr. Ministro das Colónias, quer o Sr. Ministro das Finanças, apresentante da proposta, que até agora nada disseram que esclarecesse a Câmara.

Eu quero mostrar que numa questão tam grave, que interessa ao crédito do país, do que disse o Sr. Ministro das Finanças, ao apresentar a sua proposta, só algumas palavras se aproveitam.

Sr. Presidente: quando S. Exa. me procurou particularmente, dando-me a honra de me preguntar o que pensava pobre a proposta que tencionava apresentar, eu tive ocasião de lhe fazer sentir o modo de pensar dos meus correligionários, dizendo-lhe que estavam resolvidos a não pôr dificuldades à satisfação dos nossos débitos, para garantia do nosso crédito aliás muito abalado, como disse o próprio Sr. Ministro das Finanças.

Realmente dias depois S. Exa. apresentou a proposta em discussão, e eu, usando da palavra sobre o modo de votar, fiz a mesma afirmação que tinha feito na conversa particular de não criarmos dificuldades, e assim tem sido.

Sr. Presidente: tanto o Sr. Ministro das Colónias como o Sr. Ministro das Finanças não fizeram acompanhar a proposta de esclarecimentos sôbre as dívidas a pagar e sobre as letras protestadas.

Nem um nem outro se referiram a irregularidades graves que tenham sido praticadas, porventura, e êste receio de não confessar toda a verdade envolvo uma cumplicidade manifesta.

Sr. Presidente: não foi só dêste lado da Câmara que se usou da palavra, pela boca do ilustre parlamentar e grande estadista, que o é, o Sr. Ferreira da Rocha, que tratou a questão com uma elevação e uma minúcia tam rigorosa que bastava a qualquer dos membros do Governo saber a décima milionésima parte do que êle disse, para ter proferido algumas palavras que não deixassem o Poder Executivo na situação lamentável em que se encontra, por virtude da moção do Sr. Carlos de Vasconcelos.

Depois de S. Exa. usou-se da palavra por parte dos dois grupos parlamentares que apoiam o Govêrno.

Em seguida, falou um ilustre parlamentar da minoria católica, e de tudo o que êles disseram, se apurou, porque abordaram êste ponto, que esta questão foi trazida até à Câmara sem o mais leve [...].

[...] da Câmara [...] do crédito.

De resto, antes de chegarmos a esta conclusão, já o Sr. Ministro das [...] tinha afirmado [...] que êsse descrédito existe e continua.

Sr. Presidente: deve dizer a V. Exa. que, por parte dêste lado da Câmara, êsse descrédito [...] estudado e apreciado a questão em todos os seus detalhes, o que não aconteceu por parte do Govêrno, que revelou um absoluto desconhecimento e um comodismo que só se justificam, pelo desejo que êle tem de continuar nas cadeiras do Poder.

O Sr. Ministro [...]?

Eu creio que V. Exa. [...].

[parágrafo ilegível]

[parágrafo ilegível]

[parágrafo ilegível]

V. Exa. sabe que o facto [...] não ter satisfeito [...] bastante para se estabelecer qualquer descrédito.

Isto tem acontecido várias vezes [...] colónias inglesas.

Peço também a V. Exa. que não se esqueça de que êsse Govêrno tem quatro meses de [...] e não revelou nunca qualquer apêgo às cadeiras do Poder.

Está apenas [...]

[parágrafo ilegível]

[...] comigo, em procurar, para interpretação