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8 Diário da Câmara dos Deputados

Há estradas por onde Dito pode transitar um tractor, dos que funcionavam em França no tempo da guerra.

Um teve que sair de uma estrada por onde devia caminhar, tendo que ir pelo campo, porque era intransitável a estrada.

Êste caso conheço eu; e não Lá exagero no que digo.

O assunto e urgente; o urgente é, portanto, que o Govêrno tome as providências devidas para reparação das estradas.

Ouvimos sempre processos de estudo, e as estradas cada vez mais estradadas.

Nunca mais largarei o assunto emquanto êste ou outro Govêrno não tomar as medidas mais eficazes sôbre êste assunto.

O Sr. Ministro do Comércio disso aqui ontem, segundo li nos extractos parlamentares, que estava esperançado em consertar as estradas, e esperava ter o dinheiro necessário para isso.

Mas podemos esperar que o Sr. Ministro do Comércio junte capitais pura a solução do assunto e reparação das estradas?

As estradas, repito, estão intransitáveis, e há pequenas reparações que podiam fazer-se antes que as estradas se ficassem completamente estragadas.

O serviço de cantoneiro era melhor remunerado que hoje, e por isso não há cantoneiros, êste serviço era melhor remunerado que o agrícola.

É necessário que S. Exa. dê ordem para pequenas reparações, e depois S. Exa., com a competência que lhe vem do ser um engenheiro distinto, organize como melhor entender os serviços das estradas para que Portugal seja um país que possa ter o turismo.

É necessário, como S. Exa. nabo, dotar êstes serviços cora os maquinismos mais modernos, para que o conserto das estradas soja permanente, e possamos ura dia, sob a égide da República dizer que se teu uma obra, e que, de facto, em Portugal se tez a abertura de estradas.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Plínio Silva): - Agradeço ao Sr. Joaquim Ribeiro e permitir-me tratar mais uma vez do um assunto ao qual me tenho referido várias vezes, tanto mais que sôbre o assunto das estradas vi na imprensa referenciais a considerações que fiz quanto a promessa de estudo, o que é preciso esclarecer melhor.

Algumas notícias têm de ser rectificadas.

O assunto está estudado, e eu não podia declarar que dentro de poucos dias traria o assunto estudado.

Devo declarar que mo consideraria deminuído se, porventura, na hora em que o Sr. Presidente do Ministério me fez o convite para sobraçar esta pasta, tivesse dito que iria estudar o problema que interêssa a todos o que pela sua acuidade deve estar esclarecido no espírito das pessoas que têm do solucionar êsse problema.

O que disse ontem e repito é que julgo que, com os elementos que existem, se pode, de lacto, atacar do frente o problema e que êle ó mais uru problema do execução que propriamente de ordem legislativa.

Disso também que mo limitaria a pedir ao Parlamento que colocasse o fundo de viação e turismo em posição tal que todos tivessem a certeza de que até seria aplicado na reparação das estradas. Acrescentei que aproveitaria o ensejo de apresentar uma proposta que, como V. Exas. estão vendo, se resumirá num artigo único — apresentando simultaneamente ao Parlamento um relatório que permitisse a todos estudá-lo com elementos que me proponho fornecer.

Direi ao Sr. Joaquim Ribeiro, como a todos aqueles que se têm interessado por esta questão, que são mais que justificados os seus protestos.

Eu penso, Sr, Presidente, que o dinheiro que se vai gaitar na reparação das estradas deve ser aplicado o mais conscienciosamente possível, de forma a não se desbaratar dele a mais pequena parcela.

Há estradas que estão em estado tal que parecerá, à primeira vista, que bastam encher as covas que nelas existem, com algumas dúzias de pedras, para que essas covas desaparecessem e se prestasse um grande benefício nos que por ela vão circular.

Ainda que de momento se pudessem talvez atenuar, mas muito ligeiramente as condições difíceis de circulação, na prática isso representaria quási que uma pura perda, visto que em pouco tempo estaríamos positivamente em condições infe-