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14 Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Carvalho da Silva: - Sr. Presidente: se o Sr. Velhinho Correia, ao formular êste requerimento, quis significar a urgência que há em se discutir o votar esto assunto, S. Exa. nau pode deixar de concordar com a doutrina do requerimento que há pouco formulei.

Precisamos, Sr. Presidente, colocarmo-nos dentro do campo dos factos. O simples requerimento de S. Exa. não vai - mudada a situação que vimos operar-se nesta Câmara - provocar a votarão dêste assunto ainda hoje.

E assim, Sr. Presidente, a votação do requerimento de S. Exa., longo de representar uma satisfação que devemos dar às justas reclamações apresentadas ao Parlamento, só sorvo para tornar impossível o ser dada integralmente essa satisfação.

Nestas condições, eu espero ainda que no desejo de satisfazer as reclamações aqui apresentadas, que no desejo do procurar que a Câmara possa trabalhar de harmonia com os interêsses do País, espero ainda, repito, que S. Exa., desistindo do seu requerimento, deixo pôr à votação o meu requerimento que de novo formulo o que consiste na prorrogação da sessão até só discutir o assunto do projecto do Sr. Pinto Barriga e a questão da selagem.

Esta é a única forma prática, a única que realmente dentro da lógica o consequente realidade das cousas, conseguirá um desideratum sincero do ver resolvida a questão da selagem e do que a Câmara trabalhe como é preciso " como se deve em assuntos de tal magnitude trabalhar.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Marques Loureiro: - Sr. Presidente: poucas palavras direi o cias não seriam necessárias se não tivessem em vista evitar a especulação que se procura fazer a propósito de afirmações do Partido Nacionalista.

Sabe S. Exa. e a Câmara que foi dêste lado que nasceu a questão da selagem. Fomos nós que procurámos evitar, quanto possível, os disparates - é êste o termo o eu devo dizê-lo, porque estamos neste momento em maré de tudo dizer, sem refolhos e considerações que não merece quem não as tem para os outros (Muitos apoiados), - foi dêste lado, dizia ou, que se procurou o remédio que tanto urgia para evitar o&" disparates da lei do solo. Pois bem, procura-se agora especular com as nossas atitudes e com a lialdade dos nossos propósitos.

E então, Sr. Presidente, sem termos arrogancias, cobardias ou tibiezas de qualquer espécie, tudo sacrificaremos. De harmonia com os nossos princípios, sem recuarmos, sem nos preocuparmos com meios, visto que, para outros, não importam meios para alcançar os fins, iremos onde fôr preciso.

Muitos apoiados.

Não nos convencem S. Exas. de que não estão fora da Constituição e isto, Sr. Presidente, não pode deixar de repugnar a todos que pretendem viver pela República o não da República.

Apoiados e não apoiados.

Os nacionalistas estão dentro do dever e sabe Deus, Sr. Presidente, que preferiríamos não ter de discutir agora os disparates que o Sr. Ministro das Finanças não quis emendar, não querendo também aproveitar muitas das ideas que lho sugeriu o meu ilustre colega Sr. Ferreira da Rocha.

E interessante ainda salientar, para que estas especulações acabem, o seguinte: afirmou o Sr. Velhinho Correia que somos nós os que procuramos, vencido o projecto do Sr. Ferreira da Rocha, defender a doutrina do nosso correligionário. Pois eu brado-lhos daqui: são êles que estão sendo agora os coveiros da nossa legislação.

Apoiados e não apoiados.

Trocam-se àpartes.

O Orador: - Se o Govêrno envereda por esta ditadura sem nobreza (Apoiados das direitas) em breve se julgará ao abrigo de todas as autorizações que entende e imagina.

Ontem, o Sr. Ministro das Finanças entendeu que devia atraiçoar o espírito duma moção e não foi ao encontro das que devia aproveitar.

Sussurro.

O Orador: - Somos poucos, Sr. Presidente, mas não em número tam deminuto que a fôrça brutal do número nos vença (Apoiados e não apoiados), mas há qual-