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24 Diário da Câmara dos Deputados.

veis militares, o que seria natural, mas vá até o ponto do pretender fazer urna instituição modelo em concorrência com a particular, que já vivia precariamente?

Votámos aqui, é certo, que êsses serviços só mantinham com as suas próprias receitas, mas isso é uma ilusão!

Êles não realizam tal essas receitas, primeiro porque não tom campo do acção, nem matéria prima, e, segundo, porque apesar de se dizerem a quieta essência do tailorismo americano, só voem desacompanhados do lavor público...

Sr. Presidente: da mesma maneira temos os estabelecimentos fabris do exército, mas temos materiais inutilizados, não temos verba para matéria prima.

Paga-se aos assalariados que deixamos se conduzam como verdadeiros funcionários do Estado, para porem raios numas rodas dum carro, um toldo num carro de campanha, consertar uma cabeçada o nada mais.

Há muito tempo que não temos elementos para o fabrico do material de guerra.

Em 1913 tínhamos comprado pela primeira vez na Alemanha matérias para o fabrico de espingardas Mauser; não vieram e hoje não temos nada.

Os oficiais ou estão nos quadros ou passam a fazer serviço noutra parto, como na Manutenção do Estado, por exemplo. Nos Caminhos do Forro do Estado não pagam porque têm bilhete.

Mas é preciso que o Govêrno tenha coragem para enfrentar o assunto.

Não é tornando os lugares do Estado em função de assistência que se arma à popularidade.

Apoiados.

Do nada valem os protestos de duzentos ou trezentos assalariados despedidos: podem produzir na praça pública manifestações ruidosas e truculentas.

O Govêrno está animado de fins mais altos.

O Estado não mantém o serviço de assistência senão no Ministério do Trabalho, onde existe uma instituição de alcance social, como a lei de acidentes de trabalho e Seguros Sociais Obrigatórios.

Essa função lhe basta para poder resolver o problema da assistência. O que não pode de maneira nenhuma é fazer da gestão dos negócios públicos uma assistência.

A gestão dos negócios públicos pertence a quem trabalha, a quem tem assiduidade o competência. Não a quem tenha apenas um documento de ter prestado serviços à República e à Pátria, Não. Se os que prestaram êsses serviços não sãoa sinceros, então jogaram uma cartada para fàcilmente se aproveitarem dos acontecimentos.

Aqui é que nós temos do arrepiar caminho o a compressão do despesas, que eu proconizo e que se traduz na aspiração última da minha moção - o equilíbrio orçamental - tem de fazer-se. Haja coragem para isso, porque será o melhor e o maior dos serviços prestados não só à Nação, mas, também, à República, que assim se encherá de prestígio, prestígio já perdido, em parte, pela prática de processos que não são republicanos.

Dizia eu, Sr. Presidente, que o Sr. Álvaro de Castro trouxe uma vez ao Parlamento um mapa sôbre a conta do Tesouro. No dia 21 de Novembro, quando estava demissionário o Govêrno o Sr. Rodrigues Gaspar, essa conta apresentava apenas um desequilíbrio de 39:800 contos, estando incluído nesse prejuízo o que domava da compra de mais de 200.000 libram nas praças de Lisboa e Pôrto para evitar uma descida caótica do câmbio, tentada mais uma vez. O número é incontestável o só poderia ser contraditada pela apresentação do orçamentos.

O Sr. Morais Carvalho (interrompendo): - Como é então que neste momento são 100:000 contos?

O Orador: - Isso é o que eu vou preguntar à Câmara.

De facto, em Fevereiro, passados três meses, com uma melhoria cambial de apenas 2$50, o montante dêsse prejuízo traduz-se à volta de 100.000 a 110:000 contos. Isto há-de ter uma explicação, e e eu espero que essa explicação venha, mas apenas falo nisto para fazer justiça ao Ministro das Finanças de então, ao meu Presidente do Ministério e a todos os membros dêsse Govêrno, que para o assunto olharam com patriótica dedicação.