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22 Diário da Câmara dos Deputados

colhidas principalmente do Banco Nacional Ultramarino deve êsse número ser maior. No entretanto,- os grandes depósitos estagnados existem, como existem dinheiros fora da colónia, e se suponho a cifra que apontei, como pequena, não creio que ela possa ser maior maior, talvez apenas o dôbro.

Com respeito aos depósitos existentes no Banco Nacional Ultramarino, pelas informações que tenho das associações comerciais do Angola, êsses depósitos andam por 34:000 contos.

As informações do Banco confirmam esta importância; mas diz o Banco que apenas tem em caixa unia quinta parte, para acudir a qualquer levantamento,

Há de facto um grande retraimento do dinheiro em Angola, mas, desde que se dê à colónia os meios de fazer os seus pagamentos, automaticamente se restabelecerá a circulação fiduciária.

Fez notar S. Exa. que nas contas havia a distinguir escudos de Angola e escudos da metrópole; não era possível em breve lapso, fazer a destrinça dessas contas, mas tranquilize-se S. Exa., porque uma comissão, que nomeei para a verificação e liquidação das dívidas, terá o maior cuidado em fazer essa distinção. Como algumas das contas são em escudos de Angola, é natural que haja uma margem como saldo do crédito pedido; essa margem porém é conveniente, porque podem surgir algumas contas não previstas, como de facto tem já sucedido, embora de pequeno montante.

Sôbre as obras de fomento a realizar na província, e sôbre o plano a estabelecer para o seu desenvolvimento económico, tenho a dizer ao ilustro Deputado que, relativamente à primeira parte, não tenho alteração nenhuma a fazer ao relatório do meu antecessor.

Pelo que conheço de Angola, pois estive lá durante oito anos da minha carreira, tendo desempenhado nossa colónia três lugares de administração, eu sou de opinião que as obras apresentadas no relatório, são de facto, as mais importantes para a futura prosperidade da província.

Portanto, sôbre as obras públicas, alteração alguma tenho a fazer.

O Sr. Presidente: - Considero as vias de comunicação e o apetrechamento de portos, como bases essenciais para a futura prosperidade da província, principalmente as primeiras, porque, não falando na riqueza marítima, existindo as riquezas de Angola, no sertão, que é de uma extensão enorme, evidentemente que a colónia não se pode desenvolver, sem que existam vias de comunicação que transportem êsses produtos. Devo acrescentar que, entre elas, considero em primeiro lugar, como não podia deixar de o fazer, o caminho de ferro de Loanda,

Pelo que respeita ao fomento agrícola, estou inteiramente de acordo com o ilustre Deputado, e muito desejaria que se efectivassem as palavras do S. Exa., quando manifestou o desejo de que o Sr. Alto Comissário, ao partir para Angola, tivesse do acordo com o Ministro, um plano formulado, embora não em detalhe, em que devesse assentar a obra a realizar. Porém, o espaço de tempo é bastante curto, e todo o meu empenho é que S. Exa. parta a ocupar o seu lugar, o mais depressa possível.

O Sr, Alto Comissário que está indigitado, pensa exactamente como eu.

E far-se há nesse sentido tudo quanto seja compatível com essa exigência que considera superior a tudo.

Sobro o mesmo assunto permitam me que diga que considero como um grande elemento para o desenvolvimento do fomento de Angola e riqueza de Angola, e a riqueza do todas as colónias, a solução do problema para o qual foi chamada ontem a minha atenção: o problema aduaneiro.

Apoiados.

Envidarei todos os esforços para que possa realizar na gerência da minha pasta essas medidas que considero indispensáveis para o desenvolvimento das colónias, e para o estreitamento, que considero que se devo forcejar para que seja cada vez maior, das relações com a metrópole.

O Sr. Carlos de Vasconcelos:-V. Exa. já deve ter no seu Ministério o relatório.

Tem. de ser objecto de um estudo profundo, e tem também de ser estudada a remodelação de todo o sistema tributário nas colónias.

E a única forma de corresponder às necessidades das colónias.