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Sessão de 11 de Março de 1925 23

Hoje em muitas colónias, é feito o pagamento em ouro, e os diferenciais corresponderam a uma necessidade.

Mas quero ir mais longe na isenção dos direitos dos produtos para ir não só aos da metrópole para as colónias mas aos das colónias para a metrópole.

Não pode isto ser feito de ânimo leve.

Em Conselho de Ministros, foi aprovado, e a comissão encontrou certas dificuldades.

O Orador:- Agradeço a V. Exa. a sua informação que já V. Exa. me tinha dado, em parte, no Ministério.

Não digo que o problema seja fácil.

Digo e folgo de que fique registada na Câmara esta declaração, que considero realmente como um objectivo a realizar.

E uma aspiração; e considero êsse objectivo da maior importância.

Tal facto tem o maior valor para o estreitamento das relações com a metrópole, que, com o estado de cousas actual, irão cada vez mais sendo substituídas pelas relações directas das colónias com as nações estrangeiras.

Podendo por êsse facto dar-se a desnacionalização, já não direi política, mas a desnacionalização dos interêsses das colónias portuguesas.

Apoiados.

Há ainda um ponto, Sr. Presidente, tratado polo Sr. Nuno Simões a que eu não quero deixar de responder.

Preguntou S. Exa. que resultado tinha obtido o Govêrno sobro um pretendido alargamento para o pagamento do crédito dos 3 milhões de libras.

Tenho a informar S. Exa. que essas negociações estão muito bem encaminhadas e espero que prestes ato a concluírem-se, não só para alargamento do prazo para pagamento, mas talvez mesmo para utilização do crédito.

Parece-mo, Sr. Presidente, ter respondido aos pontos principais tratados pelo ilustre Deputado e como a hora já vai bastante avançada, eu reservar-me hei para apresentar mais alguns esclarecimentos que se tornem precisos, no decorrer da discussão.

Resta-me terminar dizendo que a proposta que apresentei à Câmara merece a aprovação, e a aprovação urgente do Parlamento, conforme eu já tive ocasião de dizer à Câmara quando da sua apresentação.

O Govêrno não rejeita qualquer emenda que seja mandada para a Mesa, desde que considere que elas são disso merecedoras.

O que eu peço ao Parlamento, é que resolva com toda a urgência o assunto, dando à província de Angola os créditos de que ela necessita para resolver os problemas financeiros, o dar solução a outros problemas de gravidade, para a existência dessa colónia, que é tam portuguesa, a mais portuguesa de todas.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Vozes: -Muito bem.

O Sr. Aires de Orneias:- V. Exa. pode-me dizer qual o tempo que tenho para falar?

O Sr. Presidente:-Apenas 10 minutos.

O Sr. Aires de Orneias:-Se bem que eu não queira demorar muito a aprovação da proposta em discussão, 10 minutos não chegam para fazer as considerações que desejo.

E assim peço a V. Exa. o obséquio do me reservar a palavra para a próxima sessão.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Instrução Pública Xavier da Silva): - Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa a seguinte proposta:

Leu.

Sr. Presidente: como Ministro da Instrução, tive que assistir ao funeral de Angela Pinto, e, não me tendo podido associar ao voto de sentimento aqui proposto pelo Sr. Vasco Borges, eis a razão porque mandei para a Mesa a proposta a que acabo de me referir.

Sr. Presidente: Angela Pinto foi na verdade uma grande actriz, pudendo a sua morte considerar-se como uma perda nacional.

Não me tendo podido associar em nome do Govêrno aos votos de sentimento pro-