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Sessão de 11 de Março de 1925 17

da metrópole auxiliar Angola na medida das suas possibilidades.

É tanta obrigação fazê-lo como é o fomentar todo o território português.

De outra cousa se não trata senão de resolver dificuldades da província de Angola para que possa facilitar-se a sua marcha em matéria de fomento e continuar a obra que verifica que se estava fazendo em matéria de fomento agrícola e a obra de progresso e desenvolvimento geral da província.

Mas analisemos realmente essas verbas.

O Sr. Ministro das Colónias aceita todos os trabalhos do seu antecessor, todos os números do seu antecessor.

Em todo o caso é bom acentuar que o facto de dizer-se que o pagamento é em escudos da metrópole não significa que seja sempre em escudos e, evidentemente, tem que fazer-se uma rectificação de fazer os pagamentos.

Apoiados.

Não há dúvida de que as transferências dos funcionários de Angola para a metrópole representa uma maior depreciação da moeda.

O Estado não pode deixar passar despercebido a quem tiver de fazer os pagamentos, e não passará despercebido à entidade que tiver de administrar Angola, •e que há-de administrar dentro das regras com que tem administrado o Sr. Portugal Durão, com o dispêndio parcimonioso dos dinheiros públicos que tem demonstrado em todos os actos da sua vida êste facto.

Fez-se o cálculo em libras, e há realmente pagamentos em ouro.

Mas outros há, e muitos são, que se fazem em escudos.

Isso não deixará de ser considerado.

Quero, em todo o caso, chamar a atenção do Sr. Ministro das Colónias para algumas das verbas a que alude o relatório do Sr. Carlos de Vasconcelos e nas quais se baseia a proposta do Sr. Ministro.

S. Exa. não ignora que, no que FO refere aos caminhos de ferro de Loanda e Bengo, algumas das verbas são pagas em escudos da metrópole; mas a maior parte tem de ser satisfeita em escudos de Angola.

Interrupção do Sr. Carlos de Vasconcelos, que não se ouviu.

O Orador: - Sr. Presidente: eu de forma nenhuma quero deixar de confiar na acção de quem' tiver de fiscalizar os dinheiros que vão ser postos à disposição de Angola.

Pelo contrário, confio muito na capacidade administrativa da pessoa que está indicada para o lugar de Alto Comissário.

Sr. Presidente: apesar de me encontrar ligado a uma companhia africana, a do Amboim, sinto-me perfeitamente à vontade para declarar à Câmara que uma das verbas se destina à aquisição de material ferroviário para a conclusão do um troço de linha, feito por uma empresa particular, na extensão de 80 quilómetros, estando já estudado até ao quilómetro 128.

O Sr. Carlos de Vasconcelos (interrompendo}:- A província, dando êsse material, tem tudo a lucrar, porque é material que deixa de se estragar.

O Orador: - Sr. Presidente: feitos êstes ligeiros reparos para complemento do meu raciocínio, devo dizer à Câmara em poucas palavras o que penso acerca dos meios para resolver a crise nos restantes aspectos que a proposta não visa.

Evidentemente, Sr. Presidente, que refazer o crédito da província de Angola é uma obra magnífica, uma obra indispensável; mas não é tudo. E nesta altura cabe-mo preguntar ao Govêrno se na verdade obteve algumas vantagens em relação ao alargamento do prazo para satisfação do crédito dos três milhões de libras.

De há muito, Sr. Presidente, que venho reclamando dos vários Governos informes acerca do assunto, isto é, do alargamento dêsse prazo de 1927 para 1930; hoje, porém, nada me tem sido dito.

Até hoje, repito, nada me tem sido dito sôbre o assunto, não se sabendo, portanto, se Angola pode ou não com êsse alargamento.

Disse-se aqui, Sr. Presidente, que se as letras não fossem pagas na devida altura, essas vantagens não se obteriam de Londres. Porém, como essas letras têm sido pagas pontualmente, eu pergunto quais as vantagens que se têm conseguido até hoje.

Sr. Presidente: o que eu digo é que se nós continuarmos a seguir os processos