O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 19 de Março de 1925 23

O Sr. Velhinho Correia, que tantas vezes aqui afirmou que não tinha feito nenhum aumento da circulação fiduciária, tem regularizados e legalizados os aumentos de circulação fiduciária que S. Exa. fez sem autorização legal.

O Sr. Velhinho Correia: - Isso é ama frase já tantas vezes dita e tantas vezes esclarecida!

O Orador:-Essa frase? Quere V. Exa. saber quanto custa por ano?

Leu.

Para V. Exa. e a Câmara ver o que custa a sua frase vou ler o seguinte:

Lei.

Aqui tem V. Exa. o custo da sua frase.

Interrupção do Sr. Velhinho Correia que se não ouviu.

O Orador: - Já por aqui a Câmara está vendo a forma como são feitos os orçamentos. E pena é, Sr. Presidente, que o Sr. Velhinho Correia não possa ir para o Teatro Nacional falar sôbre o assunto. É certo que lá não o deixam falar.

Isto demonstra, na verdade, Sr. Presidente, a forma como são feitos e apresentados os orçamentos.

Não concordamos, nem podemos concordar de forma nenhuma com êste regime de duodécimos.

Termino, pois, Sr. Presidente, mandando para a Mesa a minha proposta de emenda.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: - Não há mais ninguém inscrito.

Vai ler-se a proposta de emenda do Sr. Carvalho da Silva.

Foi lida e admitida.

É a seguinte:

Proposta

Proponho que no artigo 1.° da proposta em discussão as palavras "até 30 de Junho de 1925" sejam substituídas por estas outras: "até 30 de Abril de 1925".

Sala das Sessões, 19 de Março de 1925, - O Deputado, Artur Carvalho da Silva.

O Sr. Presidente: - Os Srs. Deputa dos que aprovam a proposta de emenda do Sr. Carvalho da Silva queiram levantar-se.

Está rejeitada.

O Sr. Carvalho da Silva: - Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Presidente: - Vai proceder-se a uma contraprova.

Os Srs. Deputados que rejeitam queiram levantar-se.

Estão de pé 45 Srs. Deputados e sentados 10.

Está rejeitada.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Presidente: - Vai entrar-se no período "antes de se encerrar a sessão", e tem a palavra o Sr. António Pais.

O Sr. António Pais: - Sr. Presidente: num jornal da noite, de ontem, vinha a notícia de que em Badajoz há uma garagem de automóveis que na tabela de preços do aluguer dos carros, que nos mesmos estava afixada, se dizia que para Portugal êles seriam cobrados no dôbro, pelo mau estado em que estão as nossas estradas.

Êste facto surpreender-me-ia se não soubesse que em Lisboa se deu um caso idêntico há pouco tempo, quando vieram aqui alguns excursionistas estrangeiros; e, como dia a dia o mal se vai tornando maior, eu chamo para êles a atenção do Sr. Ministro do Comércio, certo de que S. Exa., com a sua boa vontade e patriotismo, quererá dar remédio a êsse mal.

É já quási uma banalidade o dizer-se que esta ou aquela estrada está intransitável e tem de ser reparada. Os Ministros respondem que não há dinheiro. Ora, Sr. Presidente, êste argumento não serve. E uma resposta muito cómoda, mas que nada resolve. Acho que é indispensável que êste assunto se trate muito a sério, visto que vai assumindo um aspecto de gravidade.

Pela minha parte, tenho chamado por várias vezos a atenção dos oito ou nove Ministros que tom passado pelas cadeiras do Govêrno depois que foi eleito Depu-