O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 Diário da Câmara dos Deputados

tado, e, infelizmente até hoje, sem resultado algum,

A solução dêste problema urge, e quer por meio de processo da administração directa, quer por empreitada que seja concedida a emprêsas nacionais ou estrangeiras, acho indispensável, repito, que se comece quanto antes a tratar do problema.

Há estradas que precisam ser construídas de novo e outras que. por assim dizer, já quási não tom consorte.

O Sr. Velhinho Corre a (interrompendo): - V. Exa. dá-me licença? O problema das estradas equivale hoje a cêrca de 80:000 contos!

Vozes: - Mas é preciso tratasse do assunto quanto antes.

O Sr. Velhinho Correia: -Mas a minha interrupção não tinha em vista declarar que devíamos pôr o problema de parte. É preciso fazer todos os esforços.

O Sr. João Camoesas: - V. Exa. dá-me licença? O ponto de vista que o Sr. António Pais defende, e que é o meu, é êste na impossibilidade de dispormos de 80:000 contos para reparar todas as estradas, começaremos por reparar algumas, aquelas, pelo menos, que são inadiáveis.

O Orador: - Sr. Presidente: o que é certo é que esta questão não pode eternizar-se. Com efeito, eu julgo, como disse já, que é da maior conveniência tratar-se do assunto, embora lentamente, fazendo-se o que se puder fazer, mas trabalhando por obter alguma cousa.

Conheço estradas que estão absolutamente intransitáveis. E, sem querer abusar da paciência da Câmara, eu peço, todavia, licença para referir êste facto. Na sessão de 20 de Agosto de 1924 chamei a atenção do Ministro do Comércio de então para a estrada de Campo Maior a Elvas. Alguns habitantes dessa região, proprietários, creio eu, sem esperança de que a estrada a que aludo fôsse reparada pelo Estudo, cotizaram-se e fizeram as suas démarches no sentido de que lhes fosso permitido repará-la à sua custa. Pois foi negada licença! Essa estrada estará hoje, por certo, ainda em pior estado do que o ano passado.

A estiada de A vis ao Ervedal está também verdadeiramente intransitável. A cada passo encontram-se covas, de tal forma que ainda há pouco tempo foram precisas duas ou três parelhas de muares para tirar um automóvel que caiu numa delas.

O que é um facto é que essas povoações estão sem estrada e duas do concelho sem módico, por isso que este se recusa a ir ver os doentes, em virtude do estado em que se encontram as entradas,

E indispensável, Sr. Ministro do Comércio, que quando os contribuintes nos preguntem em que é aplicado o imposto de viação e turismo, que êles pagam pontualmente, honradamente, nós, os parlamentares do círculo, saibamos o que devemos responder-lhes.

Tenho dito.

O Sr. Carvalho da Silva: - V. Exa. pode-me informar só foi marcada sessão nocturna para hoje?

O Sr. Presidente: - Sim senhor.

O Orador: - Não pode ser, visto que V. Exa. não pode alterar o Regimento.

O Regimento diz que V. Exa. tem de marcar sessões todos os dias, excepção dos sábados, que se destinam a trabalhos nos comissões.

V. Exa. não pode marcar sessões nocturnas a não ser por uma deliberação da Câmara.

O Sr. Presidente: - E foi justamente por uma deliberação da Câmara que eu marquei sessão nocturna para hoje.

O Orador: - Não pode ser. O que se fez foi uma proposta, e o Regimento não pode nem deve ser alterado por uma proposta.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Simas): - Sr. Presidente: na verdade a quentão das estradas está prejudicando enormemente a vida do País; porém, o Govêrno não deixa de estudar o assunto.