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10 Diário da Câmara aos Deputados

para na próxima terça-feira só tratar dêste assunto em negócio urgente.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Nuno Simões (para um requerimento):- Roqueiro que V. Exa. e a Câmara sôbre se permitir que na de terça ou quarta leira, antes da ordem do dia, entro em discussão não só a proposta sôbre entradas, mas todas as propostas e projectos que foram ouviados à Mesa sôbre o mesmo assunto.

Foi aprovado o requerimento.

O Sr. Presidente: - Está ainda sôbre a Mesa o pedido do negócio urgente do Sr. Cancela de Abreu acerca da apreendo de jornais.

O Sr. Cancela de Abreu (sobre o modo de votar): - Sr. Presidente: as violências contra os jornais são cada vez maiores; ainda ontem foi impedido de circular o jornal O Dia, o que representa uma arbitrariedade e um abuso do Poder.

Se a Câmara considerar o meu requerimento, podia ficar o assunto para ser tratado, em primeiro lugar, na próxima segunda loira.

O Sr. Nuno Simões (sobre o modo de votar)-. - O assunto indicado pelo Sr. Cancela de Abreu é interessante e não pode ser pôsto do parte. As violências que tom sido praticadas contra a imprensa não honram o Govêrno e devem ser tratadas na Câmara. Todavia, os assuntos que estão na ordem do dia são tam importantes que talvez pudesse reservar-se para antes da ordem do dia o assunto de que tratou o Sr. Cancela de Abreu.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ribeiro de Carvalho (sobre o modo devotar): - Declaro que voto contra o requerimento do Sr. Cancela de Abreu, não porque não o julgue importante, mas porque há outros mais importantes.

Peço também que V. Exa. faça notar ao Sr. Ministro do Interior que é necessário vir à Câmara, não só por causa dêsse assunto, mas para prestar contas doutros.

Pareço que S. Exa. anda fugido do Parlamento.

O orador não reviu.

O Sr. Carneiro Franco (para interrogar a Mesa): - Qual é o primeiro assunto a tratar?

O Sr. Presidente: - E a interpelação do Sr. Carvalho da Silva.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães):- Sr. Presidente: pedi a palavra para protestar contra uma frase que aqui foi proferida: "que o Sr. Ministro do Interior andava fugido do Parlamento". S. Exa. desde ontem que se encontra de cama, doente, e por isso não tem podido comparecer.

Devo ainda dizer que nenhum membro do Govêrno anda fugido do Parlamento, e se tal circunstância, se dêsse eu saberia o caminho que tinha a seguir.

Quanto à apreensão dos jornais, ou transmitir às autoridades as ordens respectivas, mas, com aquelas que já estão dadas estou convencido de que se alguns jornais foram impedidos de circular é porque infringiram a lei de imprensa, usando de linguagem despejada.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas: - Sr. Presidente: parece me que é um pouco para estranhar que se esteja a votar um negócio urgente para segunda feira. Ou é urgente, e trata-se agora, ou não é.

Como o considero urgente, voto o requerimento do Sr. Cancela do Abreu.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr, Paulo Cancela de Abreu: - Pedi para que êste assunto ficasse para segunda-feira porque as circunstâncias assim o justificaram.

Protesto contra as palavras do Sr. Presidente do Ministério. Toda a gente sabe que o director do jornal O Dia é uma pessoa incapaz de usar linguagem despejada e provocadora, único caso em que poderia justificar-se a apreensão.

Eu espero que a Câmara votará o ne-