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Sessão de 9 de Junho de 1925 17

pus à disposição da Câmara, interrompendo-me a mim próprio por várias vezes, compelindo o Govêrno a a renunciar-se, e só depois disso, obrigado a não interrompê-las, é que continuei no uso da palavra...

O Sr. Paiva Gomes: - Não impede que eu lastime.

O Sr. Hermano de Medeiros: - Não lastimou a tempo.

O Sr. Paiva Gomes: - V. Exa. dá-me licença? Quando V. Exa. fez as suas considerações, devo confessar que eu desconhecia que o Sr. Rodrigo Rodrigues tivesse mandado para a Mesa uma carta, porque, se o soubesse, teria requerido à Câmara para suspender o debate até S. Exa. vir. Isto é que era correcto e justo!

Apoiados.

O Orador: - Três vezes interrompi as minhas considerações para que o Sr. Presidente pudesse consultar a Câmara sôbre se desejava a continuação do debate. Fui ou que chamei até a atenção da Câmara para o caso, eu que tinha então a palavra e podia continuar no uso dela.

Por três vezes me interrompi, repito. Da terceira vez compeli a usar da palavra qualquer membro do Govêrno; e repito: não tenho nenhum empenho em falar na ausência do Sr. Rodrigo Rodrigues. Afirmo portanto, ainda uma quarta vez, que se a Câmara quiser que eu interrompa as minhas considerações, eu o farei.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: - Eu já pedi a palavra para fazer êsse requerimento.

O Orador: - E quero V. Exa. que ou interrompa as minhas considerações?

Sr. Presidente: há um Sr. Deputado que deseja fazer um requerimento para que o debate se suspenda até estar presente o Sr. Rodrigo Rodrigues. Desde que eu fique com a palavra reservada, como é natural o lógico, mais uma vez eu interrompo as minhas considerações, para que V. Exa. possa consultar a Câmara nesse sentido.

Vozes: - Muito bem! Muito bem!

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos (para um requerimento): - Sr. Presidente: requeiro a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se permite a suspensão do debate até que o Sr. Deputado interpelante esteja presente, ficando com a palavra reservada o Sr. Ferreira da Rocha.

Tenho dito.

Consultada a Câmara, é aprovado o requerimento.

O Sr. Presidente: - Em face da deliberação da Câmara, vai prosseguir o debate político.

Tem a palavra o Sr. Maldonado de Freitas.

Pausa.

Como não está presente, tem a palavra o Sr. Afonso de Melo.

Pausa.

Não está presente S. Exa., e não está mais ninguém inscrito.

O Sr. Sá Cardoso: - Peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Sá Cardoso.

O Sr. Sá Cardoso: - Sr. Presidente: trata-se dum debate político.

Necessário, era pois, que a Acção Republicana dissesse também, de sua justiça.

O facto do continuarem fazendo parte do Govêrno dois Ministros filiados no nosso Partido, quero dizer que a Acção Republicana mantém os mesmos princípios que tem sustentado aqui, e que, por consequência, o Govêrno, tal como está constituído, continua a merecer a confiança dêste lado da Câmara.

Faço esta declaração desde já, embora tenha discordado por vezes do actos praticados pelo Govêrno, porque não quero que, durante a sequência do meu discurso, possam surgir dúvidas sôbre aquilo que pensa a Acção Republicana.

Tendo sido publicados vários decretos à sombra da autorização concedida pela lei n.° 1:773, suponho que quási todos êsses decretos foram publicados dentro da autorização concedida ao Govêrno.

Assim, pode dizer-se que os decretos são bons ou maus, mas não poderá deixar de dizer-se que foram publicados a, sombra de autorização parlamentar.