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Sessão de 15 de Junho de 1925 11

antes da ordem do dia; como, porém, o Sr. Pires Monteiro pediu a palavra para um negócio urgente, fica essa votação para depois de liquidado o negócio urgente.

Foi admitida a moção do Sr. Pires Monteiro.

O Sr. Jaime de Sousa: - Sr. Presidente: é com muita satisfação que eu, oficial do marinha, ouço ler na Mesa a saudação enviada pelo Sr. Pires Monteiro.

Sr. Presidente: sem querer entrar no capítulo dos elogios, nos termos em que o Sr. Pires Monteiro o fez, direi que o significado da viagem; que começou por chamar-se périplo de África, é realmente para a marinha de guerra e para o País de efeitos formidáveis.

Sr. Presidente: sob o ponto de vista dos interêsses nacionais, essa viagem dos cinco navios portugueses em volta do continente africano representa qualquer cousa que deve chocar fundamente o coração de todos aqueles que, conhecendo as circunstâncias particularmente difíceis em que essa viagem se realizou, as condições de inferioridade do material que nessa viagem foi empregado e quanta tenacidade, quanto conhecimento de causa, quanta energia e patriotismo é preciso reunir para com material tam insuficiente, duma tonelagem tam pequena, se fazer um verdadeiro tour de force que foi a viagem no continente africano.

Sr. Presidente: as três canhoneiras foram acompanhadas por um cruzador de pouca tonelagem.

E sempre difícil navegar em alto mar, a não ser com bom tempo, com material tam deficiente.

Êsses navios não deviam fazer senão serviços de fiscalização das costas, pois não servem para navegar senão em condições regulares.

Sr. Presidente: o efeito produzido por essa viagem é excelente, pois serve para treino e prática de navegação; é de boa política e afirma a nossa soberania nacional. A passagem dessa divisão por portos estrangeiros produziu o melhor efeito. Apoiados.

A nossa marinha do guerra tem páginas gloriosas na sua história por feitos heróicos praticados no mar.

Apoiados.

É indispensável que no País se faça um movimento de ressurgimento nacional.

Apoiados.

O acto praticado é dum grande efeito moral, mas precisa de continuidade, sendo necessário que oportunamente o Parlamento e o País se resolvam a agir. É já tempo de começar. Bem fez o Sr. Ministro da Marinha em tomar iniciativas que conduzem a êsse resultado altamente patriótico.

Daqui lhe envio todos os meus louvores e toda a minha solidariedade.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando nestes termos restituir as votas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Pedro Pita: - Sr. Presidente: quando há dias tive ocasião de me referir à acção dos vários Srs. Ministros, tive ensejo de dizer algumas palavras que em nada podiam ser desagradáveis ao Sr. Ministro da Marinha.

Aproveito a oportunidade para fazer justiça à acção que o Sr. Ministro da Marinha tem desenvolvido na sua pasta.

Ao ser apresentada hoje a moção da autoria do Sr. Pires Monteiro, não careço de acrescentar mais nenhuma palavra às que já proferi então, devendo afirmar a V. Exa. que é com prazer, que êste lado da Câmara se associa à saudação à marinha de guerra portuguesa, aos marinheiros que fizeram tam interessante viagem, tanto mais que se trata de alguém que no desempenho dos negócios da sua pasta tem sabido mostrar que coloca acima de tudo o nome português, o nome da corporação a que pertence e que também sabe dirigir.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar, em nome dêste lado da Câmara, que é com muita satisfação que votamos sempre qualquer proposta destinada a demonstrar a consideração e o respeito que nos merece a armada portuguesa, que sabe sempre em toda a parte representar alevantadamente o nome português.

Acho inteiramente justificada a moção