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Sessão de 15 de Junho de 1925 15

vontade de aço, de pôr todos os nossos pequenos barcos a navegar ao serviço da defesa nacional.

Jamais se poderá esquecer a obra realizada por êsse saudoso almirante no tempo em que comandou a divisão naval.

Nunca S. Exa. foi Ministro da Marinha, porque nunca o quis ser.

Depois de S. Exa. apareceu um dos seus camaradas, em quem o almirante Leote do Rêgo depositava a mais alta confiança e que foi seu imediato durante a guerra.

Refiro-me ao Sr. Pereira da Silva, actual Ministro da Marinha.

É S. Exa. um oficial bem conhecido e que à estima e consideração dos seus camaradas se tem imposto, conquistando um merecido lugar de destaque pelas suas altas qualidades de militar brioso e estudioso.

Todos os seus esfôrços têm sido sempre empregados numa patriótica obra de engrandecimento da corporação da armada, de que hoje é chefe, e dos mais ilustres que essa corporação tem tido.

Apoiados.

É respeitado e querido pelos seus camaradas, não só pelo exemplo que constitui para todos a sua dedicação ao trabalho, mas também pela fé sem limites que S. Exa. deposita no patriotismo e mais qualidades dos seus camaradas e subordinados.

O Sr. Ministro da Marinha, Pereira da Silva, é um trabalhador infatigável) como o está provando a quantidade de propostas que tem trazido ao Parlamento, atinentes ao engrandecimento da corporação que dirige.

Entre elas conta-se a da organização das brigadas navais.

Muito propositadamente me refiro a essa proposta para dizer - visto que ao assunto se referiu o Sr. Tôrres Garcia - que não é culpa de S. Exa. o Parlamento não ter feito a sua discussão.

Foi porque o Parlamento não se ocupou do assunto que S. Exa., à semelhança do que têm feito outros Srs. Ministros e ao abrigo de autorizações anteriores, pôs em execução a organização das brigadas da armada.

E fez S. Exa. muito bem.

S. Exa. delineou depois o périplo de África.

Nos primeiros momentos não lhe faltaram alguns dissabores.

Hoje, porém, já todos reconhecem que S. Exa. só louvores merece por essa iniciativa.

Com efeito, à tenacidade de S. Exa. alimentada por um grande sentimento de patriotismo, se deve essa magnífica viagem de circunnavegação do continente negro, que além de ter o mérito de habituar os homens às lides rudes do mar, representa a grande vantagem de se mostrar a bandeira da República não só ao longo do nosso rincão africano, como nos portos estrangeiros.

E como é consolador para todos os portugueses, o poder constatar-se que em toda essa longa e brilhante viagem nenhuma nota discordante se produziu!

Em toda a parte os nossos marinheiros se apresentaram por forma a darem honra à marinha do guerra portuguesa e, brilho à bandeira de Portugal!

E ver o que dizem as descrições dessa viagem.

Nelas se escreve que nos portos estrangeiros foi, sobretudo, notada a maneira exemplar como os nossos marinheiros só portavam, ainda mais para admirar quando só estabelecia confronto entre a atitude deles e a dos marinheiros de outras nações que, anteriormente, por êsses portos haviam passado.

Realizou-se, pois, o sonho do Sr. Ministro da Marinha com felicidade para o bom nome da nossa Pátria, com orgulho para a República e com proveito da instrução técnica dos elementos da marinha portuguesa.

O périplo de África está assim realizado.

Outros há a realizar fora da marinha.

Ponham os homens do Govêrno do meu País os olhos no exemplo do Sr. Ministro da Marinha, e cada um deles, pela sua especialidade, procure realizar diferentes périplos, tam necessários para bem da República.

Não fiquemos, porém, só em louvores ao périplo realizado.

E preciso que todos os lados da Câmara se unam para discutir a proposta que há meia dúzia de dias o Sr. Ministro da Marinha apresentou aqui, que vista a dotar a marinha com aquilo que é o mínimo indispensável para que a Marinha