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12 Diário da Câmara aos Depurados

do Sr. Pires Monteiro, porque é sempre justificado tudo quanto sirva, para demonstrar o respeito que temos pela armada portuguesa e o prestígio do que a queremos ver coberta.

Sr. Presidente: para concluir, esto lado da Câmara saúda a nossa marinha de guerra, abstendo-se de apreciar as vantagens ou desvantagens que, em relação à situação financeira do País, poderiam advir dessa viagem.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso: - Sr. Presidente: tive a honra de ser companheiro no Ministério Álvaro de Castro do ilustre Ministro da Marinha, de apreciar então a forma como S. Exa. trabalha e como pelo ao serviço da Pátria o da República toda a sua inteligência, esfôrço e boa vontade. Do forma que, tomando S. Exa. a iniciativa do périplo de África, e logo que S. Exa. ia facilitar à nossa marinha do guerra mais uma ocasião de mostrar quanto pode a boa vontade dos oficiais, sargentos e praças, que lutando com a deficiência do material, estão som pré prontas a desempenhar tis missões de que são encarregados, com brio e altivez.

V. Exa., Sr. Ministro da Marinha, enviando a divisão portuguesa por êsses mares fora, a visitar terras onde há muito tempo não aparecia um navio português, sabe muito melhor do que eu quanto isso representa para levantar o espírito o animo das populações portuguesas.

Sr. Presidente: a marinha de guerra portuguesa não precisa do louvores; com a sua história premiada por tal forma que os louvores são absolutamente supérfluos. Apesar disso, fica bem que lhe prestemos a nossa homenagem, lembrando que a marinha do guerra está sempre pronta a prestar o seu concurso para a defesa dos ideais republicanos.

Apoiados.

Esta nota que eu firo não tem por forma alguma a intenção de extremar os campos. Não. Todos os portugueses tem obrigação de lhe prestar homenagem, e estou certo que o fazem com o coração a vibrar; ruas nós outros, republicanos, não podemos deixar de sentir que a marinha do guerra está sempre pronta a dar o seu concurso para a defesa da República.

A Acção Republicana associa-se ao voto de louvor apresentado pelo meu colega Sr. Pires Monteiro, e eu em especial endereço as minhas saudações ao Sr. Ministro da Marinha, pela idea que teve, e de que tam bom êxito foi coroada.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando nestes termos restituir as motas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Rodrigues Gaspar: - Sr. Presidente: é para mim extraordinariamente agradável a apresentação da, moção enviada para a Mesa, saudando os oficiais, sargentos o praças, que realizaram o périplo do África.

Como oficial de marinha, é-me isso muito grato, por ver como êsses meus camaradas se desempenharam também de uma missão muito difícil, que mereceram a consagração de todos os lados da Câmara.

Posto que neste momento não tenha funções dirigentes, estou certo que do lado do Partido Republicano Português só haverá a maior satisfação em prestar essa homenagem aos ilustres marinheiros.

Sr. Presidente: foi no Govêrno da minha presidência, que o Sr. Ministro da Marinha fez a apresentação desta proposta, que ela foi estudada, tendo logo o nosso apoio.

Vimos bem, desde logo, as grandes vantagens que adviriam dessa viagem, e ainda porque daria ensejo a que os nossos oficiais se pudessem exercitar, e a que a vida de bordo fosse mais íntima entre oficiais e praças.

O pequeno sacrifício que o País fez para a execução dessa viagem, está completamente compensado pelas grandes vantagens que advieram para a disciplina e ensino, e ainda, porque pôs em contacto íntimo, embora tardiamente, a nossa marinha com as nossas colónias.

Aproveito a ocasião para dizer que se cometeu um êrro grande em não estabelecer a marinha colonial.

O resultado foi o termos de fazer grandes despesas, para afinal, reconhecermos que não existe marinha colonial (Apoiados) e, ao mesmo tempo, ficarmos privados da antiga escola em que oficiais e praças, irmanadas no mesmo pensamento