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Sessão de 15 de Junho de 1925 13

de dever, tanto aprendiam, tanto se instruíam e tam fortemente se uniam pela disciplina.

Todos os oradores que me antecederam já mostraram, e bem, as grandes vantagens que trouxe a realização dêste périplo, feito nas condições mais extraordinárias.

Mais ama vez se provou - devemos dizê-lo com orgulho - que a actual marinha portuguesa é digna sucessora dos nossos antigos navegadores e poderia manter bem alta a gloriosa tradição da nossa marinha, se ela fôsse dotada de material moderno indispensável a um país essencialmente marítimo e colonial, como o nosso.

Sr. Presidente: a saudação que é feita aos oficiais e praças que realizaram o périplo, devem ser extensivas, a meu ver, ao ilustre titular da pasta da Marinha.

Muitos apoiados.

S. Exa. é um dos oficiais mais distintos da nossa armada, á qual tem dedicado com amor o melhor do seu esfôrço, da sua inteligência e do seu saber.

S. Exa. é alguém que merece a nossa mais incondicional admiração, porque tem procurado sempre bem servir a marinha e o País.

Por isso daqui o saudamos, bem como aos oficiais e praças da armada que há dias chegaram a Lisboa.

Vozes: - Muito bem.

Tenho dito.

O discurso será publicado na Integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Dinis da Fonseca: - Sr. Presidente: êste lado da Câmara associa-se gostosamente à homenagem que a Câmara acaba de prestar à nossa marinha de guerra.

A marinha de guerra portuguesa tem uma tradição gloriosa, e por isso o País vê sempre com sentimentos de admiração e simpatia todos os actos que representam uma digna continuação da sua história marítima.

A minoria católica, repito, associa-se inteiramente às saudações que foram propostas.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Tôrres Garcia: - Sr. Presidente: pedi a palavra, não para elogiar o Sr. Ministro da Marinha, porque estou convencido em minha consciência de que se viesse aqui elogiá-lo, S. Exa. se sentiria afrontado, visto que realiza os seus actos de Ministro apenas em obediência aos seus deveres de cidadão e de oficial da armada.

O elogio é vitupério para quem reconhece e cumpre assim tam dignamente o seu dever.

Pedi a palavra para oferecer a minha solidariedade de português e de político à obra de S. Exa., que considero extraordinária.

E essa obra extraordinária de S. Exa., não é só aquela que pudesse ter sido o périplo de África; S. Exa. é um oficial da armada investido nas altas funções de Ministro da Marinha, e procura, dentro dos escombros, que são hoje a marinha de guerra, tirar alguma cousa em que possa aproveitar as magníficas qualidades de patriotismo e inteligência dos oficiais e praças dessa corporação.

A atitude de S. Exa. é tanto mais para louvar, quanto é certo que foi exercida num momento em que em Portugal se usa de todos os pretextos para não fazer cousa nenhuma.

Fazendo a concentração das magras qualidades de material que temos, e realizando elementos de instrução e treino activos, conseguiu S. Exa. efectivar nobremente o fim a que se propunha.

S. Exa. deu uma organização técnica às tropas da armada, com a criação das diferentes brigadas de especialidades.

Tínhamos um monturo de cousas em Alcântara, não havendo possibilidade de fazer intervir uma orientação técnica definida.

S. Exa., sem preocupação de ter ou não leis, de ser ou não conveniente ouvir os super-homens para a resolução do problema que se impunha, extremou os campos e deu à marinha de guerra uma organização que corresponde àquilo que deve ser uma instrução metodicamente aplicada e uma técnica perfeitamente exercida.

Isto demonstra o apego que o Sr. Ministro da Marinha tem ao cumprimento do seu dever.

S. Exa., podendo ter uma vida minis-