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16 Diário da Câmara dos Deputados

que pode vir a resolução dos nossos problemas.

Sem grandezas impossíveis do realizar neste momento, conseguimos alguma cousa que se traduziu, em melhorar a nossa situação moralmente, e melhorar moralmente não nos é difícil, porque todos nós, portugueses, oferecemos à resolução dos problemas nas nossas qualidades de raça que não são melhores nem piores do que foram, mas estão apenas adormecidas pelo esquecimento que muitos homens públicos dão ao cumprimento do seu dever.

As minhas palavras neste momento seriam de incitamento para com o Sr. Ministro da Marinha, se S. Exa. precisasse do meu incitamento.

Eu dou-lhe a mais absoluta solidariedade como português e como político.

S. Exa. sabe bom defender os propósitos do elevada honestidade moral e técnica que animam sempre a marinha de guerra portuguesa, única corporação armada que é dominada por mais intenso e inextinguível espírito militar o que sem condicionalismos, sem hesitações e sem discussões afronta o perigo com galhardia e sabe cobrir a Nação do glória imperecível.

É essa marinha de guerra que ou saúdo, que sempre e em toda a parte sabe dignamente cumprir o seu dever, que no sul do Angola se cobriu do glória, na campanha de 1915, com uma conduta, do tal maneira impressionante que o último chefe militar que tivemos, e que se chamou Pereira de Eça, lhe legou a sua espada, tendo em atenção que foi o Corpo de Marinheiros quem lhe forneceu a matéria o da a proposta do Sr. Rodrigues Gaspar, que tem por fim tornar extensiva ao Sr. Ministro da Marinha a saudação que consta da primeira, proposta. Devo, porém, acrescentar que em outro local e numa saudação pessoal à individualidade do Sr. Pereira da Silva, ou não teria dúvida em tomar parte, pois muito considero as qualidades pessoais do S. Exa.

Não se trata disso, mas sim dama saudação que deriva de um acto sôbre o qual pomos as devidas reservas para o apreciarmos oportunamente.

Não podemos, por isso, associar-nos, repito, à saudação proposta pelo Sr. Rodrigues Gaspar.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Agatão Lança: - Sr. Presidente: eu, que já tive a honra de, nesta sala, ser cognominado de marinheiro, o que sou um dos oficiais de marinha que pertencem ao Parlamento, não posso deixar de erguer a minha voz humilde, mas sincera, nesta Câmara, para associar-me à saudação feita pelo Sr. Pires Monteiro à nossa, marinha do guerra pelo êxito do périplo de África.

Nestes últimos anos apareceram dois homens a quem a marinha de guerra portuguesa muito deve pelo esfôrço que empregaram na sua valorização.

Um foi o comandante Leote do Rêgo, que durante a Grande Guerra realizou o grande esfôrço, bem significativo da sua